Simbologia secreta no espaço
Há alguns dias a imprensa noticiou com algum alarde a iminente reentrada não-controlada na atmosfera de um satélite espião americano de grande volume (“Corram por suas vidas!”). Uma olhada na fonte da notícia, contudo, mostra que o satélite é na verdade três vezes menos maciço do que noticiado. Veja, em inglês: Falling Spy Satellite e FIA – RADSAT Spacecraft Family.
Mas a notícia é um bom gancho para um outro artigo interessantíssimo publicado recentemente. Em Secrets and signs, Dwayne A. Day e Roger Guillemette mostram como as insígnias oficiais de missões envolvendo satélites ultra-secretos são, ou deveriam ser, um prato cheio para paranóicos. E aqui, eles teriam razão.
“Não é surpresa que estas insígnias contenham símbolos. O que é surpreendente é que esses símbolos comumente revelam informações sobre as identidades e missões dos satélites que são em verdade secretas“, escrevem. Isto é, como vilões maquiavélicos de histórias em quadrinhos, o governo americano permite que seus funcionários criem insígnias públicas capazes de serem “decodificadas” em seu significado, às vezes nem tão cifrado. É como contar todo seu plano de dominação mundial para o herói só porque pensa que ele não viverá para contar a história. Mas ele sempre vive.
Dentre os muitos detalhes codificados ao pior estilo Dan Brown, podemos ver símbolos como o acima. As asas douradas dos dragões são provavelmente uma referência à antena parabólica (e também dourada) que os satélites da missão possuem e também sugerem ser de natureza de coleta de sinais. Outras insígnias são ainda menos sutis, representando guarda-chuvas dourados, ou desenhos das órbitas dos satélites.