Stonehenge brasileiro?

Um grupo de blocos de granito em uma colina amazônica pode ser o remanescente de um observatório astronômico de séculos de idade — uma descoberta que arqueologistas afirmam indicar que os habitantes primitivos da floresta podem ter sido mais sofisticados do que se acreditava. Os 127 blocos, alguns com quase três metros de altura, estão dispostos a intervalos regulares em torno da colina, como uma coroa com 30 metros de diâmetro. No dia mais curto do ano — 21 de dezembro — a sombra de um dos blocos, diposto inclinado, desaparece. ‘É o alinhamento deste bloco com o solstício de inverno que nos leva a acreditar que o local já foi um observatório astronômico’, diz Mariana Petry Cabral, arqueóloga do Instituto Técnico Científico do Amapá. “Podemos também estar diante dos remanescentes de uma cultura sofisticada”.
[Leia a notícia em inglês e Livescience.com: Archaeologists Discover Brazilian ‘Stonehenge’, notícia via Semciência]

Na Folha em português:

Arqueólogos do Iepa (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá) dizem ter identificado um observatório astronômico pré-histórico no município de Calçoene, a 390 quilômetros da capital do Estado amazônico. Trata-se de um conjunto de pedras dispostas em círculo, cuja estrutura estaria ligada a eventos celestes, como o solstício de inverno (momento do ano em que um dos hemisférios da Terra está na sua posição mais distante do Sol).
Amapá pode ter “observatório” pré-histórico

A pesquisa brasileira é conduzida por arqueólogos profissionais, ao contrário do caso recente das supostas pirâmides na Bósnia, sobre as quais você pode ler informações críticas em espanhol em El Futurista. Ainda sobre a pesquisa brasileira, confira também a bombástica análise do que “a mídia não pode contar“:

Já nas primeiras pesquisas de Edgar Rice Burroughs para o mapeamento do extremo norte do Brasil, na década de 1890, registrou-se a presença de estranhas pedras em alinhamentos incomuns, que apresentavam minerais não identificados e ocasionalmente causavam desvios nas bússolas magnéticas. O diário do filho de Burroughs [PDF, reprodução de uma página manuscrita], Charles Greystoke, registra que os indígenas da região não se aproximavam dos “jardins de tupã”, e contavam lendas sobre as corujas de fogo que sobrevoavam a região no dia do início do verão. Greystoke registrou a bico de pena desenhos da conformação original do altar localizado ao centro do círculo, que irradiava luminosidade natural e do qual na década de 1970 restavam apenas pequenos fragmentos.
[O fim da farsa do observatório pré-colombiano no Amapá]

Não deixe de ler também o rodapé: “Conteudo 100% ficcional. Este site é uma paródia”.
Uma página relacionada ao tema em CeticismoAberto é Acabando com o “Mistério” das Esferas de Pedra.

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