Codinome Carlos Allende
Robert A. Goerman, publicado na edição de outubro de 1980 da revista FATE
Traduzido com sua gentil permissão
Um quarto de um século depois, o mistério de Carlos Allende, a Edição Varo e o navio que desapareceu permanece mais forte do que nunca. No ano passado, um livro popular, O Experimento Filadélfia: Projeto Invisibilidade, por William L. Moore e Charles Berlitz, deu à história um novo sopro de vida. Richard Dreyfuss, que estrelou em Contatos Imediatos de Terceiro Grau, planeja transformar o livro em um filme. O pano de fundo do caso é sem dúvida familiar a muitos leitores de FATE. Para o benefício daqueles a quem ele não é, aqui está um resumo:
Em 1955 um vendedor de peças de carro de Washington, D.C., chamado Morris K. Jessup, que já havia trabalhado com astronomia na Universidade de Michigan, escreveu um livro intitulado The Case for the UFO e partiu em um tour para promovê-lo. Fascinado pelas habilidades motoras dos discos voadores, Jessup urgia para que a audiência de suas conferências encorajasse os legisladores a financiar programas para pesquisa em antigravidade e a Teoria Unificada de Campo de Einstein. O objetivo: "estabelecer uma viagem espacial efetiva e econômica".
No dia 13 de janeiro de 1956, Jessup recebeu uma carta de um certo Carlos Miguel Allende. A carta, cujo endereço de retorno era RD #1, Box 223, New Kensington, Pensilvânia, mas que foi carimbada pelo correio em Gainesville, Texas, condenava Jessup por sugerir a continuidade da pesquisa na Teoria Unificada de Campo. Allende afirmou que em outubro de 1943 a marinha dos Estados Unidos havia usado as teorias de Einstein em uma experiência que não só fez um navio destróier totalmente invisível, como também o teletransportou da doca da Filadélfia à área de Norfolk-Newport News-Portsmouth e então de volta em uma questão de minutos.
A experiência teve sucesso mas deixou efeitos colaterais tão horrendos que a marinha cancelou o projeto imediatamente. Por causa do intenso campo de força usado na experiência, muitos dos membros da tripulação continuaram a decair para a invisibilidade ou "limbo". A maioria deles enlouqueceu.
Como "prova" destas afirmações fantásticas, Allende referiu-se vagamente a artigos em jornais regionais não mencionados e listou alguns nomes de pessoas com quem ele supostamente testemunhou esta grande experiência a bordo de um navio da linha Matson Liberty, o S.S. Andrew Furuseth.
Jessup estava preocupado. Talvez Allende fosse um maluco. Mas então, talvez ele não fosse. Em um cartão postal Jessup perguntou a Allende que evidência ele tinha para apoiar este conto fantástico.
No dia 25 de maio Jessup finalmente recebeu uma resposta, o que não ajudou muito. Allende, o nome dele agora anglicizado para Carl M. Allen, não podia recordar nenhuma data exata, seja para a experiência ou para as notícias, nem podia se lembrar dos nomes de membros da tripulação ou qualquer outra coisa. Talvez, ele sugeriu, narcohipnose pudesse resgatar sua memória.
Desinteressado, Jessup deixou o assunto de lado.
Assim o "mistério" real não começou até o próximo ano. Na primavera de 1957 Jessup foi convidado para visitar o Escritório de Pesquisa Naval (ONR) em Washington, D.C., onde um oficial deu ao autor surpreso uma cópia de seu livro The Case for the UFO. Explicando que alguém tinha remetido o volume anonimamente ao ONR, o oficial instruiu Jessup a estudar o conteúdo.
Quando ele o fez, Jessup descobriu que uma série de anotações acompanhando o texto indicavam que três pessoas diferentes, "Sr. A.", "Sr. B.", e "Jemi", haviam trocado o livro diversas vezes entre eles. Os escritos forneciam "respostas" às perguntas que Jessup havia feito e os autores fizeram pouco esforço para esconder seu desprezo por meros seres humanos.
Jessup imediatamente reconheceu a letra, com sua bizarra ortografia, capitalização e pontuação, como a de seu misterioso correspondente Carl(os) Allen(de). Ele concluiu que o Sr. A. era Allende.
O ONR solicitou as duas cartas de Allen(de) de Jessup. Posteriormente, várias cópias destas cartas, acompanhadas com a versão "anotada" de The Case for the UFO, foram reproduzidas para estudo pela Varo Corporation, em Garland, Texas, uma empresa envolvida em contratos de pesquisa militar.
Por que a marinha quis as cartas de Allen(de) ou o livro anotado? Seria porque os três autores se referiam continuamente àquela experiência naval secreta de 1943? A marinha esperava desvendar os segredos do universo?
Uma resposta é que a marinha nunca esteve interessada oficialmente mas que "membros do ONR, agindo como cidadãos privados interessados, usando seu próprio tempo e recursos" reproduziram a Edição Varo e até mesmo viajaram à Pensilvânia para localizar aquele endereço em RD #1, Box 223. De acordo com relatos publicados em livros populares, tudo que eles descobriram lá foi uma casa de fazenda desocupada.
Outra resposta é que naquela época os militares estavam conduzindo pesquisas sobre antigravidade e queriam considerar toda possibilidade, não importa quão exótica fosse a fonte.
Em todo caso, o mistério terminou em uma nota trágica. No dia 20 de abril de 1959, Jessup se suicidou.
New Kensington, Pensilvânia, local daquela casa de fazenda "desocupada", é minha cidade natal, assim eu tinha uma vantagem sobre outros investigadores quando decidi dar uma olhada no assunto no final de 1968. No dia 7 de janeiro de 1969, eu consegui o endereço mais recente de Allen(de) no Novo México, graças a Fred C., que tinha conhecido a família por anos. Mas eu nunca cheguei a fazer qualquer coisa com o endereço porque no dia 9 de janeiro relatório Condon, resumindo as conclusões do projeto OVNI da Universidade de Colorado patrocinado pelo governo norte-americano, foi liberado com uma inundação de publicidade. Eu considerei isso um assunto muito mais importante que Carlos Allende, sobre o qual rapidamente perdi interesse.
Então no final daquele verão a Organização de Pesquisa de Fenômenos Aéreos (APRO) relatou que Allen(de) havia passado em seu escritório em Tucson, Arizona, e confessou que tudo aquilo havia sido uma brincadeira. Eu pensei ingenuamente que esse era o fim do caso.
Dez verões depois, no dia 8 de julho de 1979, eu recebi um telefonema de John O’Donnell, um amigo meu associou com o Valley News Dispatch de New Kensington. De acordo com John, Allen(de) havia voltado atrás em sua confissão. O editor de John queria que ele cobrisse a conexão de New Kensington com o caso, sendo agora divulgada no livro recém-lançado de Moore e Berlitz. Perguntando se eu tinha qualquer boa informação, John disse que seu prazo final era "segunda-feira, amanhã". Surpreendido ao saber que o caso ainda estava aberto, eu lhe contei a pouca informação que tinha.
Duas horas depois, meu interesse repentinamente renovado, eu descobri as identidades e paradeiro de todos os três irmãos de Allen(de) em uma conversa com Fred C., que os conhecia.
Dois dias depois, enquanto visitávamos parentes, minha filha de cinco anos, Kathy, desapareceu — mas não misteriosamente. Eu sabia exatamente onde achá-la: no fim da rua, "visitando" Harold e sua esposa, falando bastante e acariciando os gatos Persas brancos sempre que um ficass
e parado por tempo suficiente. Eu conhecia Harold há anos, um cavalheiro gentil que está agora em seus setenta anos.
"Ela está bem", ele riu quando eu bati à porta dele. "Além disso, nós sempre gostamos de um pouco de companhia."
Na conversa que se seguiu, eu acabei mencionando minha pesquisa sobre o Experimento Filadélfia. "Eu fiz progresso", anunciei triunfalmente. "Eu contatei dois irmãos deste sujeito Allende e… "
"Donald e Randolph", Harold Allen disse tranqüilamente. "Eles são meus meninos. Eu sou o pai de Carl".
Fiquei abismado. A possibilidade nunca tinha me ocorrido. Antes que eu pudesse recuperar meu fôlego, Harold deixou a sala e voltou com um punhado de envelopes pardos, livros, papéis e outros documentos.
"Aqui", ele disse. "Carl nos envia estas coisas de vez em quando. Qualquer coisa aqui que você possa usar?"
Eu removi desajeitadamente o envelope pardo no topo e liberei seu conteúdo: um livro com 8 1/2 x 11 polegadas com capa azul clara encadernado em espiral. Era a famosa Edição Varo. Esta aqui estava autografada: "COM AMOR, SEU FILHO, CARL M. ALLEN (Carlos Allende)". Dentro dele estava uma carta cujos conteúdo provaria ser uma verdadeira bomba.
Encolhendo os ombros, a Sra. Allen disse. A "maioria dos parentes recebe estas –" ela mexeu as mãos como se em repulsa — "coisas."
Eu tentei permanecer calmo enquanto estudava as "coisas." Consistiam em artigos de revista e jornal e O Triângulo das Bermudas de Berlitz, todos anotados no estilo peculiar de Allen(de). O homem parecia "anotar" tudo daquela forma, até mesmo cartas e cartões de aniversário para membros da família.
"REGISTROS DE UM MARINHEIRO — PAPÉIS E DOCUMENTOS ORIGINAIS & IMPORTANTES", a letra cursiva de Allen(de) anunciava no lado de fora de outra pasta, na qual eu achei a sua certidão de nascimento e registros militares. Mas eu ainda tinha algumas dúvidas. De alguma forma não podia acreditar que isto era tudo aquilo que parecia ser: a história privada do homem que escreveu para Morris Jessup e seguiu para se tornar uma lenda dos discos voadores.
E então eu encontrei a prova incontestável. Estava em seu "Certificado de Serviço na Marinha" oficial assinado por William B. Durham, Comandante, USCG (Guarda Costeira dos Estados Unidos), Chefe, Membro de navio mercante, Divisão de Registros e Bem-Estar. Lá estava, em preto e branco oficial: Z-416175 — os números que Allen(de) havia listado em um P.S. em sua carta de janeiro de 1956. Eles, claro, representaram seu número de serviço.
"Leve o que você precisar para casa com você, Bob", Harold disse, "e veremos você de novo. Mas não se apressa em devolvê-lo. Nós confiamos em você."
Ele sorriu. Eu também — até chegar em casa.
Nove meses depois, enquanto eu escrevo estas palavras, estou refletindo nas muitas interações que tive desde então com a família de Allen. Madrasta, pai, irmãos e tia, todos foram honestos e abertos comigo. Eles forneceram documentos, correspondência, recordações e toda ajuda possível. Mas eles me pediram para proteger sua privacidade, que é por que, quando escrevo seus nomes, não uso seus nomes reais.
"Nós estamos confiando em você, Bob", Harold disse. "Não nos torne o alvo de malucos — ou de repórteres. Eu ajudarei em tudo que puder, mas esconda meu primeiro nome e endereço. Toda a publicidade poderia arruinar meu negócio."
A conclusão do "mistério" não é particularmente agradável. Eu não tenho nenhuma grande satisfação em revelar que a verdade é — em uma palavra — patética.
"Carlos Allende e seus correspondentes eram representantes de uma força extraterrestre que se enraizou na Terra há séculos e há muito tempo estabeleceu uma avançada subcultura secreta? " Brad Steiger e Joan Whitenour perguntam em seu livro New UFO Breakthrough: The Allende Letters (Award Books, 1968). Eles seguem para declarar, "Nós sabemos que um investigador confirmou o endereço de Allende na Pensilvânia e encontrou apenas uma casa de fazenda vazia."
Mas William L. Moore, que de fato encontrou o evasivo Carlos Allende, diz em seu livro, "Embora manter contato com o homem que se chama Carlos Allende produziu correspondência volumosa, várias longas conversas telefônicas e um par de encontros face-a-face, ainda é virtualmente impossível dizer muito sobre ele com qualquer grau de certeza." Moore dedica um capítulo inteiro e muito do resto do livro dele à questão, "Quem Allende realmente é? "
Astronauta? Cigano? Produto de "geração espontânea"?
Negativo. Mas não procure em quaisquer dos livros sensacionalistas pela resposta. Você nunca a encontrará lá porque o Carlos adora brincar com aqueles tolos o bastante para acreditar.
A verdade prosaica, como a família dele revelou para mim, é como segue:
Ele nasceu Carl Meredith Allen às 6:30 da manhã no dia 31 de maio de 1925, em uma casa na esquina da Porter com a Rosslyn em Springdale, Pensilvânia, o primogênito de cinco crianças (Frank, Sarah, Donald, Randolph) de um pai inglês e uma mãe que é parte francesa. Nenhum dos pais tem qualquer sangue cigano, apesar das alegações do primogênito.
A família concorda que Carl era brilhante na escola.
"Ele tem uma mente fantástica", Randolph conta. "Mas até onde sei, ele nunca realmente a usou, nunca trabalhou em qualquer lugar tempo o bastante para conseguir receber uma rescisão. É uma pena, realmente. Ele é um andarilho. Ele lê continuamente mas a informação fica toda distorcida de alguma maneira.
"Pegue a escola, por exemplo. Ele fez tudo que podia para sair dela, do trabalho, da rotina. Dormia a maior parte do tempo quando tinha que aparecer. Mas se o professor tivesse uma problema difícil de álgebra ou cálculo no quadro-negro que precisasse ser resolvido, ele acordaria o Carl e Carl encararia o problema durante um minuto, recitaria a resposta correta e voltaria dormir. Meu irmão dominou vários idiomas fluentemente."
Carl é descrito como um "mestre em pregar peças. " Uma vez contam que ele fingiu um ataque do coração enquanto trabalhava perto de DuBois, Pennsylvania, em 1956. Ele fingiu tão bem os sintomas que os doutores tiveram que fazer três eletrocardiogramas só para estar seguros de que ele não estava tendo um ataque cardíaco. Depois Randolph descobriu textos médicos cuja seção em coronárias tinha sido "anotada". Outra vez, Carl, disfarçando-se de perito de antiguidades, fez chorar uma senhora negociante de antiguidades chorar. Ela ficou terrivelmente chateada com o comportamento dele.
"Eu tenho crianças que nunca encontraram seu ‘Tio Carl’", Randolph diz. "E elas nunca irão ver, se eu posso dizer. Ele assusta minha esposa."
Carl Meredith Allen é um marginal por escolha própria. Ele não tem nada para mostrar além de seu conto maravilhoso de um navio desaparecendo e aquele "livro legendário" que ele afirma ter co-escrito.
Jessup sempre suspeitou que Allen(de) era um dos "seres misteriosos" que anotaram seu livro, que respondiam a todas suas perguntas sobre os enigmas deste universo e além, que descreviam conhecimento de primeira m
ão sobre campos de força, telepatia e viagem intergaláctica além da origem dos OVNIs e uma experiência naval secretíssima em 1943.
Os autores dos comentários, Sr. A., Sr. B. e Jemi, que escreviam em três cores de tinta, explicam, no resumo de um oficial do ONR, "a origem de tempestades e nuvens estranhas, objetos que caem do céu, marcas e pegadas estranhas, e outras coisas que nós não resolvemos". O oficial concluiu a introdução dele à Edição Varo perguntando, "Quanta verdade há nisto? Isso não pode ser respondido."
Sim, pode.
Considere esta carta que eu descobri dentro da cópia da Edição Varo que Carl enviou para casa a seu pai. Datada de 30 de março de 1978, diz:
"Caros Pai & Mãe:
"Incluído está um livro que eu escrevi com o professor Morris K. Jessup da Universidade de Michigan em torno de 24 anos atrás. NUNCA PERCAM ESTE LIVRO porque seu preço original era $25.00…. e assim este livro que eu ajudei a escrever (sozinho sem ‘Sr. A.’ ou ‘Sr. B.’)…. "
Sozinho? Se não há nenhum Sr. A. ou Sr. B., o que dizer de Jemi? Minha esposa Trish resolveu esse mistério com facilidade invejável.
Jemi é o signo astrológico de Gêmeos, que coincidentemente também é o signo astrológico de Carl Meredith Allen. Em certas passagens dessas anotações dois dos anotadores referem-se a si mesmos como "gêmeos."
E é isto — nenhum alien avançado vivendo entre nós em segredo forçado, nenhum Cigano com acesso a "registros secretos" ou "memória racial" indisponível à maioria dos seres humanos. Nenhuma das teorias selvagens tinha a menor base na realidade. A Edição Varo é a chave para nada. Um Allen, não um alien, inventou tudo.
Em resumo, o Sr. B. (Carl Allen) poderia ter se recorrido a ele mesmo quando ele disse sobre Jessup, assim ELE NÃO TEM NENHUM CONHECIMENTO, ELE NÃO PODERIA TER. SÃO SÓ CHUTES.
Muito foi feito daquela "casa de fazenda desocupada" ao longo dos anos. Em realidade aquela casa, situado onde costumava ser RD #1, Box 223, New Kensington, nunca esteve desocupada 10 anos antes ou desde que o ONR e todos os outros supostamente investigaram e não acharam nada. De fato, a mãe natural de Carl e padrasto e irmãos residiram lá todo este tempo. As pessoas que vivem lá agora todavia não podem lançar nenhuma luz no "mistério." Mas os Allens ainda possuem a propriedade e consentiram a meu pedido de fotografar a estrutura "infame."
O que, então, o ONR visitou? Que casa de fazenda estava desocupada na área? Donald, um irmão mais jovem, não tem nenhuma resposta.
"Isso é realmente estranho!" ele nota. "A casa vazia mais próxima de qualquer tipo estava a mais de cinco milhas. E até mesmo nisto, vizinhos adjacentes à estrutura vazia conheciam nossa família e teriam graciosamente fornecido direções precisas."
Isto nos leva ao Experimento Filadélfia, aquele teste da marinha em outubro de 1943 que fez o DE-173 (como Allen o identifica a Moore) invisível, o teletransportou por centenas de milhas em um piscar de olhos e levou os membros da tripulação a se desmaterializar no limbo ou enlouquecer.
Pense nisto por um momento. Aqui nós temos uma experiência extraordinária para determinar a viabilidade de criar uma frota naval invisível, invencível; a experiência, administrada sob condições de segurança conscientes do tempo de guerra, é tão sensível que está acima do top secret.
Se nós formos acreditar em Allen, nossa hierarquia naval abandonou a sanidade e o precedente histórico ao conduzir uma experiência de importância enorme em plena luz do dia usando um destróier de escolta extremamente necessário que naquele momento devia estar guardando um comboio de navios mercantes dos torpedos do Eixo; não apenas isso, mas as autoridades navais conduziram este teste tão perigosamente perto do S.S. Andrew Furuseth que Allen afirma que ele pôde inserir seu braço "NAQUELE FLUXO ABISMANTE." (O fluxo é um campo de força ou energia que Allen declarou em uma carta a Jessup que se estendia a apenas "cem jardas… além do navio".)
Carl Allen realmente viu alguma coisa? Eu contei a Randolph que estava ansioso para entrevistar Carl naquele ponto.
"Você nunca pegará Carl nisto", Randolph disse. "Entre mudar de assunto e mudar sua história sempre que qualquer um chega perto, bem, eu lhe desejo sorte."
Randolph Allen está correto. Nas cartas dele para Jessup, Carl não menciona o nome ou o número do navio experimental. No livro de Moore e Berlitz ele declara, "era o DE173. " Em sua carta de 2 de agosto de 1979 a mim, Carl Allen escreve, em pós-escrito, "Havia dois & agora há DOIS DE173. DOIS navios TAMBÉM capazes de se tornarem invisíveis." E finalmente, na versão anotada do livro de Moore-Berlitz que Carl enviou para a casa de seus pais no Natal de 1979, ele escreveu:
"Então são DOIS navios, DE173 E DE-168 (ou algum número de identificação assim) estavam AMBOS patrulhando nosso setor do comboio, EU TINHA UMA ESCOLHA… A LÓGICA ME INFORMOU que era, LOGICAMENTE, o DE-173. EU ESTAVA ERRADO & é uma coisa boa que eu estava errado porque o livro de registros REAL do navio experimental, repleto de REGISTROS, PROVAVELMENTE PERMANECE INTACTO E DISPONÃVEL…. "
Está claro que a lenda de Carl Allen/Carlos Allende é em sua maior parte ficção. Se alguém fosse escrever um livro que conta a história real, seu título poderia ser A Fraude Filadélfia: Projeto Credulidade.
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Não duvido que a Marinha Americana tenha realizado experiencias como essas e até piores. Só Deus sabe o que se passa nas instalações secretas espalhadas pelo mundo inteiro. Talvez, neste exato momento, estamos sendo cobaias para algum tipo de experimento. Não duvido de nada.