Mapa de Piri Reis
– O mapa é acurado?
O mapa não é surpreendentemente acurado. Ele tem fronteiras grosseiramente erradas, com latitudes e longitudes igualmente equivocadas. Mallery e Hapgood, duas pessoas que analisaram o mapa e afirmaram que ele é preciso, referem-se aos mapas originais nos quais o mapa de Piri Reis teria se baseado – mapas originais que embora citados por Reis, nunca foram encontrados.
"[o] Dr Hapgood raciocinou que já que as suas marcações hipotéticas e "mapas originais" podem remover os erros isso prova que esse mapas eram acurados e, já que são acurados, isso prova que os erros foram criados na cópia e compilação do mapa de Piri Reis e não nos mapas originais dos quais ele foi feito. Assim, uma é a prova de outra sem qualquer evidência independente, sem mesmo nem um dos alegados "mapas originais" dos quais o mapa de Piri Reis foi compilado."
Ou seja, os que afirmam que o mapa de Piri Reis é acurado na verdade afirmam que os mapas dos quais o mapa de Piri Reis teria sido criado é que seriam acurados, pois reconhecem que o mapa de Piri Reis em si está repleto de erros grosseiros. Mas não há nenhuma evidência de que tais supostos mapas originais acurados existam, nenhum deles foi encontrado e assim é muito mais provável que os mapas originais em si já contivessem os erros do mapa de Piri Reis que temos, de forma que nenhum mapa acaba sendo acurado.
Não se contesta que existam mapas originais nos quais o mapa de Piri Reis se baseou, mas os erros do mapa de Piri Reis muito provavelmente já estavam nestes mapas originais. Achar que eles eram acurados mas foram copiados e transcritos com erros requer malabarismos, sem qualquer evidência independente.
O mapa em si, para os tempos em que foi feito, é de fato muito acurado, sendo um dos mais precisos mapas da época. Mas essa precisão de forma alguma é anormal, comparável como muito se diz, a "fotos de satélite".
– O mapa de Piri Reis delimita a Antártida em uma época em que ela estava descoberta de gelo?
Diversos outros mapas antigos imaginavam uma terra fictícia ao sul. Essa terra fictícia ao sul era muitas vezes representada como conectada à América do Sul, assim como no mapa de Piri Reis.
Dito isso, a topografia da Antártida sem gelo difere da topografia sub-glacial. Hapgood acreditava que não, e que suas idéias pessoais sem rigor científico de que a topografia do mapa de Piri Reis batia com análises sísmicas da topografia sub-glacial indicava que o mapa teria origens em uma época em que a Antártida estava livre de gelo. A topografia sem gelo seria a topografia sub-glacial sem o peso de 293,778,800 km cúbicos de gelo, de forma que ela seria 950 metros mais elevada no centro e até 50 metros na costa do que a sub-glacial. Além disso, o gelo derretido da Antártida elevaria o nível do mar em 80 metros.
Como se não bastasse, o mapa de Piri Reis obviamente também erra em todos seus contornos da Antártida, seja sub-glacial, seja livre de gelo. As afirmações de Hapgood eram subjetivas, de fato, na época em que escreveu seu livro os dados sobre a topografia antártica eram repletos de incertezas.
Antes que perguntem, dados recentes continuam demonstrando a ausência de acuidade nos contornos do mapa de Reis para com a Antártida.
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Confira:
– O artigo de Paul Heinrich sobre o mapa. Em inglês.
– Artigo da Mercator Magazine. Em inglês.
Parabéns, excelente artigo! Mas não tocou num detalhe intrigante do mapa: o fato de que o formato dele apresenta a mesma deformação que um mapa feito por fotos de satelite apresenta, justamente por ser fotografado de grandes altitudes em contraste com a curvatura da Terra. Só corrigindo um detalhe: mesmo que todo o gelo da Antártida derretesse, não elevaria o nível dos oceanos em nenhum milímetro, pois a Antárdida em si é um grande bloco de gelo “flutuante no mar”. Só ocorreria a elevação do nível dos oceanos se a Groelândia descongelasse, pois seu gelo está sobre terra firme. Para confirmar, basta fazer a experiência, encha um copo com água, coloque um cubo de gelo com volume significativo, faça a medida do volume no copo de água, espere o gelo derreter e faça a medida novamente, então notará que o volume não se altera. Isso é explicado pelo princípio de Arquimedes (empuxo). O princípio de Arquimedes afirma: ” Quando um corpo está parcialmente ou completamente imerso em um fluido, o fluido exerce sobre o corpo uma força de baixo para cima igual ao peso do volume do fluido deslocado”.
Vide “Física II Termodinâmica e Ondas – Sears & Zemansky – Pearson – 12ª edição – pág. 79”.
Desculpe, mas a deformação do mapa do Piri Reis é a mesma de todos os mapas da época, como os desenhados por Colombo, se fosse realmente baseado em uma foto de satélite não mostraria Cuba como parte do continente norte-americano ao inves de uma ilha (apenas um de seus erros grosseiros).
Outra coisa, A Antártida é composta de terra FIRME (rochas) coberta de gelo, NÃO é “flutuante no mar”, e se seu gelo derretesse aumentaria em muito o nível do mar sim…
Terra fictícia ao sul?! Ah, me poupe, se era fictícia então para que a desenhariam? Isso definitivamente não faz sentido. É bem capaz que eles soubessem sim que havia uma terra ao sul, mas que não foram capazes de contorná-la para que a pudessem descrevê-la melhor.
As vezes penso que o ceticismoaberto trabalha para alguma agência oculta de desinformação KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Pois é turma do ceticismo, acho que esta faltando informações. O pessoal que bolou a teoria colocou muito mais fontes do vocês para provar que é mentira.
Sem contar que tem vários pontos que vocês nem chegam a tocar.
Publicação extremamente superficial.Â
O outro artigo (mapas da Antartida) é muito mais detalhado e apura as evidências de maneira mais assídua. Sugiro que deletem este artigo ou parem de querer desmitificar alguma coisa sem provas, somente usando o “porque não acredito não é verdade”
Um aperto de mão.
Eu sinceramente não sei porque eu insisto em ler artigos aqui. Sempre falam e falam de fontes. Exigem a existencia de fontes “fidedignas” (que variam e dependem de grau de fiabilidade, e “status” acadêmico. Esse artigo por exemplo, os lins das fontes estão quebrados e inexistentes. Como os da maioria dos artigos que leio aqui. Não acredito em qualquer bobagem ufologica ou conspiracionista, mas enquanto não resolvem ou se investiga de fato uma questão, ou não tenho o devido conhecimento para concordar e/ou refutar, prefiro olhar para tais fatos como improváveis, e não impossíveis.Â
Acho a posição do Ceticismo Aberto além de autoritária (do conhecimento), também muito radical e tendenciosa.Â
Desculpem, minha opinião. mas é muito fácil propor aos leitores somente as questões supostamente resolvidas. Não vejo o site publicar materias sobre assuntos onde a  ciência ainda não encontrou respostas definitivas.
São muitas as coisas que a fisica Newtoniana nem a relativista ainda não conseguira explicar.
Então os cartógrafos antigos faziam os mapas para algum livro de ficção científica?
Eles acertaram bastantes sobre a antártica e a América do sul usando só imaginação.
“Exageradamente” falando(aspas propositais)…A questão do mapa de Piri Reis é definitivamente a prova de que existiu uma cultura anterior às registradas pela História oficial e acadêmica!
Achei esta matéria muito boa, parece se basear em informações empíricas, porém, acredito que deve ter-se o cuidado de não tornar o ceticismo ( que deveria ser um facilitador no processo de obtenção de conhecimento, impedindo que idéias pré-concebidas e senso geral sejam adotadas como verdades absolutas ), se torne justamente o que procura combater. O excesso de ceticismo, ( ou melhor dizendo, o ceticismo exacerbado ) impede o progresso da ciência tanto quanto a fé irraciocinada. As ideias de Einstein, Newton, Copérnico e outros tantos, foram tidas como errôneas por muitos homens de ciência de suas respectivas épocas, e algumas destas idéias ainda possuem difícil aceitação ainda nos dias de hoje ( nas escolas ainda se ensinam física nos moldes meramente mecânico, sem sequer explorar as teorias de Einstein, a exemplo da incapacidade da maioria dos professores de física serem incapazes de explicar a origem da força gravitacional).
Não digo que está matéria ou este site possuam esta conduta, apenas deixo esta ressalva como forma de salientar o cuidado que devemos ter ao aplicar o ceticismo. Ao contrario de buscarmos provas irrefutáveis de negação a ideias que supormos serem de origem mistica, sem o devido fundamento cientifico, busquemos respostas, procuremos a verdade, sem preconceito contra o que possamos encontrar, afinal, a ciência já nos trouxe muitas respostas, mas ainda há muitas perguntas, mais do que possamos imaginar, Sócrates já nos alertava com relação ao limite de nossa ignorância, ao proferir a frase: ” Só sei, que nada sei.”, o filósofo salienta um dos mais óbvios efeitos do conhecimento, mas também um dos efeitos mais negligenciados. Quanto mais se sabe, mais amplia seus horizontes, sendo assim, percebe que ainda há muito o que desconhece.
Portanto, não deixemos que a erudição nos cegue, afinal, ainda há muito a ser descoberto!
Bom, aprendo mais com os comentarios do que o site em si.
Desde já , um abraço ao comentadores.
Bem, se nos mapas de piri reis a antartida está descongelada é normal que as costas dos continentes estejam algo diferentes das actuais devido ao aumento dos niveis do mar.
Quais eram os polos magneticos da terra na altura em que os mapas originais foram feitos? Talvez isso explicaria os “erros” na latitude e longitude.
Mas como tenho mais perguntas do que respostas, passo assim para as perguntas:
Como foi possivel fazer tal mapa?
Se foi copiado por outros mapas, que civilização os detinha?
Uma informação importantíssima como esta não deveria ser mais noticiada na tv e radio?
Porque os governos não fazem um estudo oficial com cientistas de várias nacionalidades a fim de se apurar a verdade?
Porque a historia diz que a America foi descoberta pelo colombo e não reedescoberta visto existirem mapas ( piri Reis) com a America em grande plano?
Agradeço os comentario de todos?
Aquele Abreaço
E já agora, era muito interessante estudar este assunto profundamente porque se no mapa a antartida está descongelada então as outras partes do globo também devem estar.
Porque Piri Reis apenas copiou esta parte do globo e não copiou as outras? Ou será que copiou?
Abraços
Caros. Não se deixem enganar por conservadores como aqueles que queriam abafar GALILEU.
O falecido Charles Hapgood ensinou história da ciência no Keene College, New Hampshire, Estados Unidos. Ele não era geólogo nem historiador da antiguidade. É possível, no entanto, que gerações futuras lembrem-se dele como o homem que abalou os alicerces da história mundial – e também de um grande pedaço da geologia.
Albert Einstein foi um dos primeiros a compreender esse fato, quando deu o passo sem precedentes de contribuir com o prefácio para um livro de Hapgood escrito em 1953, alguns anos antes de ele iniciar a investigação do mapa de Piri Reis:
Freqüentemente, recebo comunicações de pessoas que querem me consultar sobre idéias suas ainda inéditas [escreveu Einstein]. Dispensa dizer que só raramente tais idéias têm validade científica. A primeira comunicação que recebi do Sr. Hapgood, porém, deixou-me eletrizado. Sua idéia é original, de grande simplicidade e – se continuar a ser provado que tem validade – de grande importância para tudo aquilo que se relaciona com a história da superfície da terra.
A “idéia” expressada no livro de 1953 de Hapgood é uma teoria geológica global, que explica elegantemente como e por que grandes regiões da Antártida permaneceram livres de gelo até o ano 4000 a.C., juntamente com numerosas outras anomalias encontradas na ciência da Terra. O argumento, em suma, é o seguinte:
1. A Antártida nem sempre foi coberta de gelo e houve época em que era muito mais quente do que hoje.
2. E era quente porque, naquele período, não se localizava fisicamente no pólo Sul. Em vez disso, situava-se a aproximadamente 3.600 quilômetros mais ao norte. Essa situação a teria colocado fora do Círculo Antártico, em um clima temperado ou frio temperado.
3. O continente passou para sua atual posição, dentro do Círculo Antártico, devido a um mecanismo conhecido como “deslocamento da crosta terrestre”. Esse mecanismo, que não deve, de forma alguma, ser confundido com deslocamento de placas tectônicas, ou migração de continentes, é aquele através do qual a litosfera, isto é, toda a crosta terrestre, “pode deslocar-se ocasionalmente, movendo-se por cima do núcleo interno mole, mais ou menos como uma pele de laranja, se estivesse solta, poderia deslocar-se em uma única peça por cima da parte interna da fruta”.
4. Durante esse suposto movimento da Antártida na direção sul, ocasionado pelo deslocamento da crosta terrestre, o continente tornou-se gradualmente mais frio, formando-se uma calota polar que se expandiu irresistivelmente durante milhares de anos, até chegar às atuais dimensões.
Detalhes adicionais da prova que sustenta essas idéias radicais constam da Parte VIII deste livro. Geólogos ortodoxos, no entanto, permanecem relutantes em aceitar a teoria de Hapgood (embora ninguém tenha provado que ela estava errada). E a teoria provoca numerosas perguntas.
Entre elas, a mais importante é a seguinte: que mecanismo concebível poderia exercer uma força suficiente sobre a litosfera para precipitar um fenômeno de tal magnitude, como o deslocamento da crosta?
Ninguém melhor como guia do que Einstein para sumariar as descobertas de Hapgood:
Nas regiões polares, há uma acumulação constante de gelo, mas não distribuída simetricamente em torno do pólo. A rotação da terra atua sobre essas massas assimetricamente depositadas e produz momento centrífugo, que é transmitido à crosta rígida da terra. O momento centrífugo, em aumento constante, produzido dessa maneira, dará origem, quando atingir um certo ponto, a movimento da crosta da terra por cima do resto do corpo da terra…
O mapa de Piei Reis parece conter prova adicional surpreendente em apoio da tese de uma glaciação geologicamente recente de partes da Antártida, em seguida a um súbito deslocamento, na direcão sul, da crosta terrestre. Além do mais, uma vez que esse mapa só poderia ter sido desenhado antes do ano 4000 a.C., são notáveis suas implicações para a história da civilização humana. Supostamente, antes do ano 4000 a.C. não havia qualquer civilização.
Com todo o gosto
Paulo Rubim
Obrigado JM.
Um comentário de alguém bem pensante.
Q blza falar sobre Piri Reis.
Esse mapa ele herdou, achou, roubou, enfim…
Descreve contornos “precisos”, porém acima dos contornos as constelações eram diferentes! D E S L O C A M E N T O G R A V I T A C I O N A L , ocasionado por um planeta “a mais” como divulgado atualmente do conhecimento Sumério pelo falecido Dr. Z Setchin, 12o Planeta, e mais recente o astrônomo brasileiro Rodney Gomes afirma que as órbitas irregulares de pequenos corpos gelados além de Netuno implicam que um planeta quatro vezes maior que a Terra está girando em volta do nosso sol nas bordas do sistema solar, e facilmente comprovavel devido também as órbitas irregulares de planetas do Sistema Solar relatado por outros astrònomos que resultaram em descobertas antecipadas de outros planetas aqui no SS que agora fazem parte de nosso “recente conhecimento”. Mas ver no céu daqui de nosso explendido Planeta Azul nem Noé no blá, blá, blá biblico, com intimidade com Deus, Nóé foi informado através da “vóz de Deus” ( 1 caixa acústica apenas, em mono mesmo)…. – Barba! Acorda!… -Hãm, quem é?… -Sou Eu Deus Pô!…. Vai chover muito, faça um barco e coloca tudo q Vc puder la dentro…. a planta do barco Eu enfiei debaixo da porta da sala!…. “projetada em CAD da época” com tudo certinho ali paso a paso!…. -Veja a planta e eu volto aqui terça … meia noite pra retirar suas duvidas!…. Choveu ou não? a água avançou Cordilheiras…. conchas do mar no deserto do Saara, lago salgado na altitude Boliviana, e porque não florestas congeladas na Antartida…. e porque não e porque não….. O mapa do Piri Reis então desatualizou-se!
O gelo da Antartida derreteu de outro pólo, elevou o nivel do mar, afinal se a Terra duelar com um gigante, quem verá o Sol se por 7 vezes ao dia? O mar invade ali e deixa de existir aqui. O gelo derrete e inunda mais. Se isto vai acontecer ou não?… existem provas por ai!…. Mas se acontecer!…. Cavernas. Tribos. Sobrevivência!… com futuro novo registro Santo Confuso em prefácio de Genêsis e introdução Diluviana!….
obs. Porquê caixa acustica tipo JBL no quarto de Noé?
Porque um Deus que ordena a guera, salva alguns e condena outros utiliza deste tipo de tecnologia primitiva de comunicação que faz parte da nossa ^civilização desenvolvida” com armas atômicas e jipe em Marte, ao contrario um Deus que não salva ninguém porém entrega a evolução ao juizo dos atos de cada ser, não fere e não ordena apenas atrai com erros e acertos ligando a alma e o coração!…. Boa sorte a todos!…. Nos veremos um dia em um belo lugar!…. e com certeza lembraremos das duvidas e incertezas que passamos além deste post.
Sou Engenheiro Cartógrafo e conheço o Mapa de Piri Reis desde os meus 10 anos de idade.
Não vejo nada de especial nele, além das qualidades intrínsecas dos mapas da Era do Descobrimento. Fantásticas obras de Arte e técnica. Considerar que Piri Reis, ou o cartógrafo que a compilou, não teria condições de realizá-lo, per se, sem uso de técnicas ou cópias de “alienígenas” é, para mim, um desserviço à Cartografia, e aos avanços acumulados pelos “profissionais do ramo” desde os tempos de Çatal Huyuk . Até porque o mapa está cheio de erros, o que é realmente de se esperar, dada a época em que foi feito.
É uma carta que chamamos de Portulana, comum à época: sem latitude nem longitude, tampouco uma formulação matemática unívoca. Como tal, ela possui “bússolas” em pontos notáveis, dos quais partem linhas de rumo constante, azimutes. É voltada à navegação marítma, óbvio. A “bússola” (rosa dos ventos) pequena do topo, que tem um azimute que segue até a França, sugere que ela está locada na latitude de 45N, uma aproximação razoável, mas nem por isso precisa. O mesmo se aplica à pequena bússola no centro do mapa, provavelmente sobre o Equador, isso se observado os rumos à África, pois se considerarmos os que seguem à América do Sul aí teremos erros maiores. As bússolas maiores eu não teria condições de estimar com certeza a posição, dada a quantidade de erros existentes: poderia chutar como sendo os trópicos.
Não se sustenta a história de ele ser uma projeção azimutal centrada no Cairo. Basta simplesmente sobrepor uma projeção azimutal real sobre o Mapa de Piri Reis: as diferenças são enormes. Se orientarmos a projeção sobre o zero de latitude e longitude, os perfis do Brasil e da África tem seus contornos mais coincidentes, mas nem melhor, nem pior do que os outros mapas da época. E a América do Norte apresenta-se caótica, seja qual for a projeção que se utilize.
Quanto à questão da Antártida, parece-me pouco eloquente. Para mim, é uma simples distorção do mapeamento do Piri Reis. Sou perito judicial, também, e vi inúmeros mapas com distorções consideráveis, geradas por acúmulo de erros. Isso, em mapeamentos de 20-30 anos atrás.
Vamos fazer uma cabotagem pelo mapa: começamos por Pernambuco e vamos descendo e chegamos na “curva” que corresponde à Bahia. Até aí,tudo OK. Continuamos e chegamos no Rio de Janeiro, mesopotamicamente colocada entre dois rios (esse pode ser um problema). Aí, fazemos uma grande curva, como uma grande baía, descendo pelo Paraná e terminando em Santa Catarina, já em região considerada “Antártida” e por aí vai, até chegarmos ao Rio da Prata, terminando o traçado sem chegar, claro, à Antártida. Porém, se considerarmos uma das “bússolas” grandes como sendo o Trópico de Capricórnio, então o que consideramos inicialmente sendo o litoral de Santa Catarina adequa-se melhor a Puerto Madryn, na Argentina, com o traçado terminando em Puerto Deseado, também na Argentina, sem chegar nunca à Antártida. Aliás, sobrepondo-se novamente a projeção azimutal sobre o zero de latitude e longitude ao Mapa de Piri Reis, e ajustando em ambos a região norte/nordeste do Brasil (que é mais fácil de realizar), veremos que o Mapa de Piri Reis desvia para leste bem na altura do Rio de Janeiro. Se quebrarmos o mapa neste ponto, podemos “endireitá-lo” e veremos que ele combina adequadamente com o perfil da Região Sul do Brasil, Uruguai e Argentina, terminando na Terra do Fogo. Mais uma vez, sem chegar à Antártida. Sem segredos nem esoterismos, na minha modesta visão.
Sevim Tekeli cita que, em seu compêndio “Bahriyye”, Piri Reis menciona ter usado 34 mapas para compilar o dele, sendo 21 não identificados, 8 mapas muçulmanos, 4 portugueses e o de Colombo. A obra de Piri Reis é muito importante principalmente por isso: por ter mantido vivo por séculos toda essa quantidade de informações. Seus erros e acertos, e a opção de suas representações gráficas ficam, para mim, dentro da média, com louvor, do corpus cartográfico do século XVI.
Muito bom.
Tenho um comentário.Luciano. Voce leu ou ouviu falar do livro 1421, o ano em em que a China descobriu o mundo? De 2006 +-. Se der leia. Ele tem uma teoria interessante. Os chineses em 1421 teriam feito viajens e mapeado estes continentes, ele até cita o mapa de Piris Reis.
Outro detalhe que seria explicado é o tratado de Tordesilhas, se existissem mapas chinesas que foram parar na Europa, com America com Atlantico e Pacifico se explicaria o Tratado antes de 1500 baseado nestes mapas.
Acrescentando quem quiser ver algo entre no link da revista época abaixo
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG75620-6011-441,00.html
É muito interessante.
Acho lastimável esse site nao publicar opiniões que divergem a visão do dono do site, vou trabalhar para abafar este site, querem atrair pessoas que debatam inteligentemente? Nao é agindo assim definitivamente…