Um Fenômeno Plástico

por Martin Kottmeyer, publicado em REALLnews em fevereiro/98

Nas primeiras décadas da controvérsia OVNI, UFOlogistas destacados como Donald Keyhoe e Coral Lorenzen costumavam argumentar que o fenômeno OVNI estava mudando com o passar do tempo. Estava atravessando uma série de fases, ficando mais visível, mais ousado, mais perigoso e invasivo. Eventualmente, eles sentiam, estas tendências conduziriam a um pouso em massa ou invasão completa. Este senso de uma metamorfose futura enfraqueceu e deu lugar a um sentimento oposto. O fenômeno OVNI é agora percebido como uma presença basicamente estável, sendo há 50 anos atrás como é hoje. David Jacobs, o proponente principal desta visão, afirma que é tão estável que posa um paradoxo a aqueles que negam a realidade dos OVNIs.1 A variação é uma característica principal de ficção e mito. 
Até mesmo alguns indivíduos que não a uma visão mais física do fenômeno OVNI passaram a pensar na UFOlogia como uma coleção basicamente estática de crenças e histórias. Isto pode ser em parte uma conseqüência da linguagem adotada por UFOlogistas. Substantivos como objetos e fenômeno promovem uma imagem estática enquanto a realidade possa ser na verdade dinâmica e, é tentador dizer, efêmera. Embora seja muito tarde para contrariar tais convenções estabelecidas, há um corretivo óbvio ao simplesmente lembrarmos como os OVNIs mudaram demonstravelmente durante o último meio século. O ponto de partida lógico é uma visita ao monumental trabalho de paixão de Ted Bloecher, Report on the UFO Wave of 1947 (autor, 1967). O retrato do fenômeno dos discos voadores que emerge do estudo destes 853 casos difere de retratos posteriores em quase todo aspecto. 
A forma dos objetos na onde de 1947 permaneceu mais fiel ao rótulo de pires voador do que em qualquer época desde então. 71% das descrições informadas combinam de forma não ambígüa com palavras como circular, como discos (saucer-like), panqueca, prato, travessa e roda. Outros 11% usam o termo redondo que deveria ser considerado uma referência óbvia ao pires voador mas possui a ambigüidade de ser consistente com esferas. Os restantes 18% incluem uma miscelânea de 80 termos diferentes, alguns dos mais surpreendentes sendo ‘como lagostas’, cano de fogão, borboleta, feijão de lima, guarda-chuva, como um casulo, molusco, carretel e pontos de exclamação. Já nos anos sessenta a porcentagem de relatos que envolvem a forma de disco tinha caído para 26% de acordo tanto com o NICAP e John Keel.2 Em uma análise de relatos entre 1987 e 1990, Paul Ferrughelli descobriu que a categoria de formas discóide/circular/redonda tinha caído para menos de 20% .3 Esta diminuição parece devida em grande parte à expressão "objetos voadores não identificados" que ofoi adotada pela Força aérea e UFOlogists subseqüentes a 1947. O termo novo claramente tem um significado mais amplo que permite considerar relevantes pontos distantes de luz e uma gama irrestrita de formas. 
Os relatos de 1947 mostram uma tendência para a existência de mais de um objeto por avistamento e para que esses estejam em formação. Pela conta de Bloecher, 44% dos relatos envolveram objetos múltiplos. Estatísticas por Thomas Olsen em 1971 tiveram a porcentagem diminuída a 24% .4 Em 1988, Ferrughelli encontrou meros 5.5% .5 
Velocidade alta era uma característica dominante dos discos de 1947. 53% dos relatos enfatizaram quão rápido eles iam. Já em 1971, Olsen encontrou isto em 41% de relatórios. Em 1986, Ferrughelli encontrou só 22%. Inversamente, a presença do pairar foi de ser uma raridade–3% em 1947–para ser a característica de vôo dominante de OVNIs–49% .6 Os relatos de 1947 também exibem uma gama extensiva de manobras acrobáticas: loop em loops, manobras de volta, aterrando, balançar, subir, mergulhar, inclinar, cair, circular, passar rapidamente e zumbir. Estatísticas precisas ainda não foram concluídas, mas a impressão de que relatos atuais são relativamente mais tranqüilos e sensatos é inevitável. 
Os relatos de 1947 também distorcem, se não violam, a "Lei de Tempo" de Jacques Vallee (a qual ele representa como um quadro quando mostrando quando avistamentos aconteceram). Há significativamente mais relatos de dia entre 9 da manhã e 5 da tarde. Entre 10 da noite e 6 da manhã a curva de tempo aparece bem abaixo da de Vallee. Enquanto ambos picos de curvas ocorrem no início da noite, a curva de 1947 possui um pico secundário às 3 da tarde Os mínimos deslocaram-se quatro horas. (Veja a tabela mostrando uma comparação dos avistamentos de 1947 à interpretação de Hendry da "Lei de Vallee".) 
As diferenças para com as normas atuais apontam para o envolvimento da notícia de Kenneth Arnold que acompanhou a onda de 1947. A notícias da Associated Press dizia que ele relatou nove objetos brilhantes parecidos com pires (saucer-like) voando à velocidade então incrível de 1.200 m.p.h. Eles oscilavam para dentro e fora de uma formação. Ele os viu às 3 da tarde. O caráter seminal do relato de Arnold é reforçado por algo que ele não disse. É negligenciado freqüentemente que Arnold não disse nada sobre os objetos serem extraterrestres. O despacho inicial o tem não fazendo nenhuma suposição sobre que tinha visto. Brevemente depois disso ele gravitou à noção de que era um jato ou foguete sendo testado pelo governo norte-americano. Aqueles que levaram Arnold a sério — a maioria não o fez — similarmente acreditavam que era uma arma secreta americana ou um dispositivo soviético. 
Uma pesquisa Gallup conduzida logo após a onda de 1947 não indicou nenhum crente na idéia que pires voadores eram extraterrestres.7 A idéia de envolvimento alienígena apareceu em alguns artigos de notícias mas em tons predominantemente cômicos. Ted Bloecher achou só dois relatos de pires voadores onde a testemunha indica explicitamente uma convicção de que os pires eram alienígenas. Passe pelos relatos de 1947 e há uma ausência total de detalhes que apontem à presença de tecnologia extraterrestre. Não há nenhum laser, raios de calor, raios ou gases de paralisia, levitação de pessoas ou objetos, desmaterialização, interpenetração de matéria, robôs, olhos remotos, entidades com trajes espaciais ou até mesmo um porto de observação simples com olhos estranhos que investigam o que há do lado de fora. Carros não enguiçavam como eles fariam anos depois. UFOlogistas apontaram esperançosamente a relatos de reações animais como sugestivo de evidência prévia de envolvimento alien, mas uma leitura cuidadosa indica que os objetos estavam fazendo manobras violentas que varriam os celeiros. A suposição de forças fantasmagóricas não é necessária. 
Reciprocamente, os detalhes apontavam freqüentemente à aviação contemporânea. Foram vistas hélices; um relato possuindo uma hélice maior que o resto do objeto. Tubos de jato, cabinas do piloto, cúpulas de vidro, barbatanas, pernas e antenas caracterizaram algumas descrições. Fumaça, rastros de vapor e chamas de foguete repetidamente seguiam os discos. A própria forma de pires era apenas uma pequena variação de um avião recente nas notícias chamado o Flying Flapjack. Como os discos tinha características de velocidade boas. Embora Bloecher não tivesse nenhum relato de entidade em seu relato da onda de 1947, um trabalho posterior em encontros imediatos indicou que um par de relatos havia sido achado finalmente. Um envolveu um piloto de disco que usava um uniforme da Marinha.8 
A idéia de que discos eram armas secretas permaneceu dominante na imaginação pública até o início dos anos 50 e estendeu-se durante anos mesmo enquanto UFOlogistas e contatados avançavam a proposição de que discos levavam visitantes interplanetários. Relatos continuaram com detalhes terrestres. A notória história do acidente em Spitzbergen incluiu o detalhe de que havia símbolos russos nos cronômetros e instrumentação. Sua beirada era girada por 46 jatos em sua extremidade exterior; um arranjo exótico, mas bem terrestre.9 O caso influenciou o encontro de Oscar Linke, o mais antigo caso de entidade abraçado pela mídia. Além soltar chamas circulares, Linke disse que era pilotado por homens em artigos de vestuário polares pesados, claramente sugestivo dos climas na Rússia.10 Discos com jatos circulares foram vistos repetidamente dos anos cinqüenta aos sessenta.11 Hoje em dia, ninguém mais relata isto. 
Relatos de encontros com pilotos humanos aconteceram de vez em quando durante anos com detalhes consistentes com origens terrestres: Oficiais de marinha em chapéus brancos, máscaras de oxigênio do estilo dos aviadores, sobretudos brancos, um lenço preto, um boné de beisebol, um sotaque alemão, sujeitos que acenavam.12 Pelos anos oitenta, pilotos humanos consistentes com a idéia de armas secretas pararam de ser informados. Quando são vistas figuras humanas elas são consideradas agora como a serviço dos alienígenas ou são considerados por UFOlogistas como fraudes.13 
Enquanto tanto a pesquisa Gallup quanto o estudo de Bloecher estabelecem que a Hipótese Extraterrestre (ETH) não tinha nenhum apoio mensurável em 1947, esta situação não proibiu a presença de material bizarro surgindo da idéia de envolvimento alienígena no mistério dos discos. Tão cedo quanto quatro dias depois que a história de Arnold fez manchetes, uma mulher se apressou em um quarto, deu uma olhada em Arnold, e saiu gritando "Há o homem que viu os homens de Marte!". Hal Boyle, um colunista da Associated Press, ironizou ter viajado em um disco voador com um marciano verde chamado Balmy.14 Um sujeito chamado Ole J. Sneide foi informado pelo Washington Post e outros como em contato com o Grande Mestre que tinha deixado a Terra em desgosto depois da queda do império romano. Ele advertiu eles poderiam limpar a superfície da terra em menos de 24 horas – um precursor notável para O Dia em que a Terra Parou e certos contatados dos anos cinqüenta.15 Um maluco conseguiu atenção considerável da imprensa para sua viagem telepática dele a um "avião astral" no espaço exterior operando no "lado escuro da Lua". Ele conheceu os Dhyannis, senhores da criação, que indicaram que estavam derrubando Metaboblons em nossa atmosfera para compensar a radiação atômica.16 
A ligação de discos a medos nucleares já havia sido forjada. Em Houston, Texas, há um encontro por um marinheiro mercantil com um piloto diminuto, com dois pés de altura, com uma cabeça do tamanho de uma bola de basquete. O piloto o cumprimenta, reentra no veículo dele e decola.17 Embora não esteja explícito que este é um alien, a forma se ajusta ao clichê da ficção científica popular o suficiente para suspeitar a intenção.18 Há também uma carta ao July 9th Nashville Tennesseean por um homem que reivindica ter mantido contato com um par de homens descritos como "só cabeças, braços e pernas, e brilhando como vaga-lumes." Eles trocaram saudações em linguagem de sinais e decolaram em uma nuvem de pó. A descrição implora para ser descartada como o produto de um contador de histórias.19 
Seria claramente injusto notar as diferenças entre estas histórias e relatos atuais de abdução. Elas são tênues ao ponto de transparência e seriam abraçadas por poucos. No entanto elas são interessantes em como eles exibem presunções que se tornariam dominantes em material posterior, mais seriamente considerado. A conexão com medos nucleares, o comando deles de grande poder que poderia nos destruir, eles seres baixos e com grandes cabeças e os gestos de amizade ocorreriam novamente em relatos melhores dos anos cinqüenta. O uso de linguagem de sinais incorpora a suposição de que aliens estão comprometidos com um primeiro contato. Podemos achar isto em outros relatos antigos como o encontro de Jose Higgins em 23 de julho de 1947, a primeira versão do contato de Adamski, e a estória de Cedric Allingham.20 À medida que os anos passaram, falhas no seu conhecimento tornam-se menos extremas, mas o caso dos Hill ainda mostra a presunção deles terem chegado recentemente em tais detalhes como a não familiaridade com e envelhecer e a sua surpresa sobre as dentaduras de Barney Hill. Para ser justo, é duro para um historiador não pensar que o último detalhe é mais uma referência à notória historinha de discos voadores caídos de George Koehler sobre aliens mortos que têm dentes perfeitos que a suposições de chegada em 1947.21 Relatos atuais, até mesmo quando referem-se a antigamente, nunca carregam o mesmo senso de chegada recente. 
A baixa altura relativa da maioria dos aliens parece uma constante geral de relatos de contatados utópicos dos anos cinqüenta ao presente. Sua aparência variou muito porém para qualquer outra generalização consistente. Uma curiosidade, notada por Bloecher, é que nenhuma das entidades em relatos americanos usava capacetes sugestivos de uma provisão de ar nos anos cinqüenta. Na Europa, eles eram a norma.22 Nenhum aparece nos EUA até o meio dos anos sessenta, tornando-se numerosos depois das controversas fotografias do policial de Falkville em 1973, mas então quase desaparecem em anos recentes.23 
Não havia nenhum cinzento completamente formado nos anos cinqüenta. Pode-se dizer que existem aproximações parciais, como a foto forjada de entidade da do Sr. X; as estórias de encontra na onda francesa em 1954 de Marius Dewilde, M. Olivier e Franz Hoge; e a abdução de dezembro de 1957 em Salzburg.24 Tais casos, porém, são imperfeitos nos detalhes. Por exemplo, o caso de Salzburg fala de olhos compostos insetóides onde agora nós vemos apenas grande olhos negros e oblíquos. Nenhum desenho de entidade de abdução anterior à era de Hopkins/Strieber tem este estilo de olho. Geralmente eles eram mais parecidos com humanos tendo olhos com pupilas rodeadas por branco. Nenhum dos casos dos anos 50 fala de pescoços finos, altos, considerando que isto foi comum desde o alien art deco de Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977) de Spielberg .25 Também proeminentemente ausente dos anos 50 é a ausência completade qualquer inseto espacial completo. Louva-a-deuses e aliens parecidos com gafanhotos como um tipo não começam até 1965, e eles levam até os anos 90 para ficar numerosos o bastante para merecer atenção de UFOlogistas.26 Os interiores dos discos mudaram. Os contatados dos anos 50 informaram pires que eram brilhantemente iluminados e luxuosos. Abduzidos informam uma iluminação mais moderada e um interior mais dedicado para instrumentação e um design mais utilitário.27 Coisas associadas com reconhecimento como o telescópio de poder de Adamski e o motor de pilar magnético ou discos bebê para espionagem distante, informados por Adamski, Menger e Schirmer, estão sendo substituídos silenciosamente por equipamento para o programa Híbrido.28 Encubatórios nunca visto antes da abdução de Myra Hansen a uma facilidade do governo subterrânea em maio 1980 são vistos com freqüência agora.29 
Em um nível amplamente abstrato, uma das poucas constantes vistas no fenômeno OVNI é uma relação a medos nucleares. Porém, os particulares de medos nucleares mudaram durante as últimas cinco décadas e foram documentados definitivamente pela história de Spencer Weart do tema.30 O fenômeno OVNI refletiu estas mudanças. Nos anos 50, o medo estava sobre A Bomba, sua destrutibilidade crua e o potencial para extinguir a vida pelos efeitos de precipitação radioativa. Os contatados de A
damski, van Tassel às irmãs Mitchell enfatizaram esta ameaça à toda humanidade em suas profecias.31 É concebível que o pesadelo de abdução de Betty Hill foi ativado por medos de contaminação nuclear que surgiram quando ela testou estranhas deformações no carro dela com uma bússola e obteve o que ela pensou ser um resultado positivo.32 A idéia de discos que criam marcas radioativas incidentalmente já existia na história de Mildred Wenzel gerada na onda de discos de 1957.33 
Wargasm, o medo de guerra nuclear acidental, torna-se dominante no começo dos anos sessenta se reflete em uma advertência por George Fawcett de que os OVNIs poderiam ativá-la.34 Medo de reatores nucleares surgem à proeminência nos anos sessenta e são refletidos rapidamente na onda de Exeter onde são informados discos ao redor e nos fios de alta tensão que conduzem do primeiro reator nuclear comercial, Shippingport Atomic Electric.35 Isto continua nos anos setenta e é refletido de modo gritante na história de abdução "O Povo de Janos", em que um planeta é arruinado pela reação em cadeia de uma rede de reatores nucleares.36 Este absurdo de engenharia sugere fortemente uma exposição ao filme, Red Alert (1977), onde o enredo também tem a reação em cadeia de rede de reatores, mas na Terra.37 
O ressurgimento de medos de guerra nuclear na era Reagan tem um reflexo óbvio na lamentação do abduzido de William Herrmann Destruição Inevitável (1981) .38 Medos crescentes de resíduos nucleares vêem sua expressão nas revelações de Judy Doraty em 1980 onde os aliens estavam testando mutilações para contaminação,39 a abdução de 1982 de Donn Shallaross onde aliens indicam que nós temos que aprender como nos livrar de lixo atômico usado e lhe mostrar valas para este fim,40 e o conselho de George Andrews para mandarmos lixo nuclear ao espaço para impedir supernovas.41 Uma visão alien mais pela abduzida Katharina Wilson em 1991 combina o medo do lixo nuclear com um fio de revelações de encobrimentos de governo de experimentação nuclear antiga em humanos. Ela vê um oceano subterrâneo morto por três usinas de energia nucleares antigas e como as pessoas tentaram encobrir isto — literalmente e figurativamente.42 Alguns notaram que as fantasias de destruição mundiais sempre presentes na UFOlogia estão se distanciando de temas nucleares rumo a preocupações mais ecológicas. É interessante notar que Charles Strozier observou um deslocamento paralelo de temas nucleares para temas ecológicos em seu estudo recente da retórica apocalíptica Cristã.43 Ronald Bailey também documentou uma afluência de ativistas nucleares às profecias de apocalipse.44 A mudança de John Mack de um trabalho na prevenção de guerra nuclear para um abraço do tom apocalíptico dos discos e sua transformação em um profeta da morte da Terra serve como um emblema de alto perfil desta mudança particular.45 
Uma pessoa poderia continuar indefinidamente documentando facilmente mudanças mais sutis; coisas como o aumento da gama de poderes mágicos que os aliens exibiram de planar e controle da mente para mudanças de tamanho, atravessar paredes e desligar as pessoas. Poderia também mostrar como os problemas que eles causam, de interferência de veículo para pensamentos luxuriosos, aumentaram semelhantemente em gama. Bullard notou várias reivindicações de mudança como uma troca de uma preferência em seqüestros de carros para intrusões em quartos.46 Ao invés de arriscar o tédio, isto parece um ponto tão bom quanto qualquer outro para calar e considerar a proposição de um fenômeno OVNI essencialmente estático como refutada. Qualquer um que sustente a visão de que é um fenômeno pouco original e inacreditavelmente repetitivo além das expectativas da riqueza da imaginação humana faria melhor ao considerar novelas, espetáculos de polícia, romances, e filmes de monstro japoneses como desafios mais profundos para a teoria cultural.47 
Não deixe ninguém fingir que o fenômeno OVNI foi marcado a ferro em 1947 e deixado para permanecer no céu como um pedaço de arte particularmente enigmático para humanidade apreciar de forma distante. O fenômeno OVNI foi um meio completamente plástico que é alterado lentamente através de crenças e temores de uma cultura que, durante o último meio século, mudou dramaticamente. Ver estas mudanças não faz nada para restabelecer as esperanças e medos anteriores da Grande Aterrissagem; se qualquer coisa ela a faz ainda mais distante. Ela deveria entretanto restabelecer o sentimento do fenômeno OVNI como uma presença dinâmica que interage com o pensamento humano. 
Aqueles que contemplaram o mistério dos discos voadores em 1947 predisseram a solução viria depressa ou que era uma moda passageira, uma maravilha de nove dias da qual as pessoas se cansariam depressa. Não havia chutes de que se desenvolveria em uma fascinação que atravessaria mais de 50 anos e preencheria grandes estantes de livros. Apesar da massa de experiência e conhecimento e estudo que o tempo nos trouxe, a única predição que parece segura a fazer é que o fenômeno OVNI nos pegará de surpresa eternamente. Ênfase no eterno. Que o próximo século seja tão fascinante! 

***

Notas do autor:

  1. Jacobs, David M, "From Arnold to Hynek," MUFON 1987 International UFO Symposium Proceedings. pp. 119-29.
    Jacobs, David M., "The New Era of UFO Research," Pursuit #78, 1987, p. 50.

  2. Binder, Otto, What We Really Know About Flyinq Saucers. (Fawcett Gold, 1967), p. 18.

  3. Ferrughelli, Paul, National Sighting Yearbook 1990 (Nat’1 Sighting Research Center, 1991), p. 22.

  4. APRO, Proceedings of the Eastern UFO Symposium, January 23, 1971, Baltimore, Maryland, pp. 5, 33-6.

  5. Ferrughelli, Paul, National Sighting Yearbook 1989, (Nat’1 Sighting Research Center, 1990), p. 21.

  6. Kottmeyer, Martin, "Blazing Saucers," The Skeptic, 10, # 2 , 1996, pp. 8-10.

  7. Gallup, George, The Gallup Poll: Public Opinion, Volume 2 [1949-1958], (Random, 1972), p. 911.

  8. Bloecher, Ted and Davis, Isabel, Close Encounter at Kelly and Others of 1955, (Center of UFO Studies, 1978), p. i.

  9. Braenne, Ole Jonny, "Legend of the Spitzbergen Crash," International UFO Reporter, November-December 1992, pp. 14-20.

  10. Kottmeyer, Martin, "Missing Linke," Promises and Disappointments #3/4, 1996, pp. 17-20.

  11. Kottmeyer, Martin, "Should Saucers Spin?" unpublished.

  12. Kottmeyer, Martin, "Missing Linke," op. cit.., pp. 19-20.

  13. Boylan, Richard J., Close Extraterrestrial Encounters: Positive Experiences with Mysterious Visitors , (Wild Flower, 1994), p. 155.
    Jacobs, David M., Secret Life, (Fireside, 1992), p. 149.

  14. Strentz, Herbert J., A Survey of Press Coverage of Unidentified Flying Objects, 1947-1966 , (Arcturus Book Service, 1982), p. 127

  15. Washington Post , July 5, 1947, p. 10B.
    Life, July 21, 1947.
    Doubt #19.

  16. Bloecher report, p. I-12.

  17. Bloecher & Davis, op. cit., p. i.

  18. Panshin, Alexi & Cori, The World Beyond the Hill, (Jeremy Tarcher, 1989), p. 218.

  19. Gross, Loren, Charles Fort, The Fortean Society and UFOs, author, 1976, p. 79.

  20. Bowen, Charles, The Humanoids, ( Henry Regnery, 1969), pp. 88-9.
    Adamski, George
    , Flying Saucers Have Landed, (British Book Centre, 1953).
    Allingham, Cedric, Flying Saucers from Mars, (British Book Centre, 1955).

  21. Steinman, William, UFO Crash at Aztec, (UFO Photo Archives, 1986), p. 104.

  22. Bloecher & Davis, op. cit., p. x.

  23. Kottmeyer, Martin, "Diving to Earth" unpublished.

  24. Webner, Klaus, "The Strange Case of Mister X," The Probe Report, 2, #2, September 1981, pp. 8-12.
    Bowen, pp. 31, 39, 44-5
    Clark, Jerome, "Where Were the Grays?: The Historical Abduction Enigma," Strange Magazine, #10, Fall-Winter 1992, p.9.

  25. Kottmeyer, Martin, "Pencil-Neck Aliens," The REALL News, 1, #1, February 1993, pp. 3-4.

  26. Kottmeyer, Martin, "Space Bug a Boo Boo," Talking Pictures #15, Summer 1996, pp. 10-14.

  27. Kottmeyer, Martin, "Why are the Grays Gray?" MUFON UFO Journal #319, November 1994, pp. 6-10.

  28. Kottmeyer, Martin, "Eye in the Sky," Magonia #40, August 1991, p. 4.

  29. Kottmeyer, Martin, "Water E.B.E.s," The REALL News, 3, #2, February 1995, pp. 1, 7-8.

  30. Weart, Spencer R., Nuclear Fear — A History of Images, (Harvard Univ. Press, 1988).

  31. Hall, Richard, "Atom Bombs, Spaceships, and Salvation: The Story of the Contactees," Official UFO 1, #10, August 1976, pp. 22, 49-51.

  32. Fuller, John, The Interrupted Journey, (Dell, 1966), pp. 38-9.

  33. Michel, Aime, Flying Saucers and the Straight Line Mystery, (Criterion, 1958), p. 254.

  34. Fawcett, George, "Flying Saucers: Explosive Situation for 1968," Flying Saucers, April 1968, pp. 22-3.

  35. Fuller, John, Incident at Exeter, (Berkley Medallion, 1966), p. 146.

  36. Johnson, Frank, The Janos People: A Close Encounter of the Fourth Kind, (Neville Spearman, 1980), pp. 4-5.

  37. Weart, op. cit., p. 320.

  38. Stevens, Wendelle, UFO Contact from Reticulum Update, (Stevens, 1989), pp. 70-1.

  39. Howe, Linda Moulton, Glimpses of Other Realities, Volume 1: Facts and Eyewitnesses, (LMH Productions, 1993), p. 222.

  40. Barker, Gray, The Year of the Saucer, (New Age Books, 1983), pp. 18-20.

  41. Andrews, George C., Extraterrestrial Friends and Foes, (IlluniNet, 1993), p. 159.

  42. Wilson, Katharina, The Alien Jigsaw, (Puzzle Publishing, 1994), pp. 194-5.

  43. Strozier, Charles, Apocalypse: On the Psychology of Fundamentalism in America , (Beacon, 1994), p. 66.

  44. Bailey, Ronald, Eco-Scam, (St. Martin’s, 1993), pp. 24-39.

  45. Emery, C. Eugene, "Harvard Launches John Mack Attack," Skeptical Inquirer, September/October 1996, p. 4

  46. Bullard, Thomas E., The Sympathetic Ear: Investigators as Variables in UFO Abduction Reports, (FFUFOR, 1995), pp. 64-7.

  47. Randles, Jenny, Star Children — The True Story of Alien Offspring Among Us, (Sterling, 1995), p. 110.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *