Arte e OVNIs? Não, obrigado, só arte…

Diego Cuoghi, traduzido com sua gentil permissão

Como é extensamente sabido, o acrônimo O.V.N.I. significa “Objeto Voador Não identificado.”

Obviamente uma vez que um Objeto Voador é identificado, não pode mais ser considerado um OVNI. Estas páginas lidam com uma série de Objetos Voadores que, como dizem algumas pessoas, aparecem em obras de arte antigas. De fato muitos livros, e acima de tudo muitos websites que lidam com paleo-astronáutica ou clipeologia, apresentam várias obras de arte como uma evidência de avistamentos de OVNI no passado. Infelizmente, uma vez seriamente analisadas, estas mesmas obras de arte provam estar muito mais relacionadas à própria arte do que com qualquer assunto OVNI.
Os websites seguintes são apenas alguns dos muitos que lidam com o assunto:
http://www.edicolaweb.net/edic042a.htmhttp://www.edicolaweb.net/nonsoloufo/arte_i.htmhttp://66.197.160.136/xt/archeo/affreschi.htmlhttp://digilander.libero.it/mysterica/Ufocrivelli.htm http://homepage.ntlworld.com/m.hurley/ad.htmlhttp://www.geocities.com/jilaens/renai.htmhttp://www.crystalinks.com/ufohistory.htmlhttp://www.soulcounseling.com/jul2001.htmlhttp://www.clydelewis.com/dis/sungods/sungods.htmlhttp://www.etcontact.net/AncientAstronauts.htmhttp://ufoarea.bravepages.com/gallery_aas.htmlhttp://www.marsearthconnection.com/ancientart.html
As imagens em questão nestes sites são geralmente as mesmas. Uma vez que uma imagem nova aparece em um sites, imediatamente se espalha para os outros também, normalmente junto com os mesmos comentários idênticos.
A primeira impressão é que na base destes websites está uma metodologia muito simplista, evitando cuidadosamente qualquer conhecimento histórico ou artístico. A prática padrão parece ser: primeiro pegue um livro sobre arte, melhor sendo se for de arte do século XVII ou anterior; então procure qualquer detalhe estranho, acima de tudo objetos de qualquer tipo parecidos com discos. E isso é tudo. Deste modo, obviamente, é fácil tanto descobrir elementos estranhos quanto declará-los “alienígenas” ou “não identificados” com respeito ao ambiente ou período nos quais eles aparecem.
O ponto é que nenhum dos autores destes websites leva em conta o significado simbólico destes elementos estranhos com respeito à arte do período. Pior de tudo, considerando estes elementos como a representação de algo real ou realmente visto pelo artista, eles assumem que o artista, eg. um artista italiano dos anos 400 ou um pintor bizantino anônimo, pode se permitir inserir qualquer elemento não canônico ou não codificado em uma representação religiosa. Ao contrário, antigamente os comissários (aqueles que escolhiam o assunto e supervisionavam a execução do trabalho de arte – nestes casos as instituições religiosas) nunca teriam permitido ao autor inserir em uma obra de arte qualquer coisa diferente do previamente decidido, especialmente no caso de temas religiosos. Neste último caso, além disso, as restrições eram até mais fortes.
Neste ponto pode-se desejar saber se estes autores que escrevem sobre arte e OVNIs alguma vez entraram em um museu ou igreja. Se o tivessem, seriam surpreendidos com a quantidade infinita de objetos “estranhos” incluídos em pinturas, estátuas e trabalhos de arte de qualquer tipo…
As próximas páginas se centram no verdadeiro tema e significado de uma variedade de trabalhos de arte que aparecem em websites italianos e outros. Estas páginas, não obstante, não são contra a ufologia como um todo. São apenas uma resposta forte àquelas páginas da web que publicam reproduções de arte antiga sem qualquer conhecimento de seu verdadeiro tema, significado e valor histórico.


“Nos dias correntes as pessoas perderam a habilidade de reconhecer os temas da arte antiga e compreender seus significados. Agora poucas pessoas leram os clássicos gregos e relativamente poucos conhecem a Bíblia como seus avós a conheciam. As pessoas idosas de hoje permanecem espantadas vendo quantas referências Bíblicas são hoje em dia incompreensíveis às gerações novas.” (tradução da versão italiana pelo autor. Ainda procurando o texto original.)

Kenneth Clark
(Da introdução de “Dicionário de temas e símbolos na Arte” de James Hall)


PAOLO UCCELLO, LA TEBAIDE
(Gallerie Dell’Accademia, Firenze)

A imagem acima, aparecendo em uma variedade de websites de ufologia, é uma reprodução ruim da pintura intitulada “Scene di vita eremitica“ (NDR: “Cenas da Vida Eremita”), também conhecida como “La Tebaide”, de Paolo Uccello:

A pintura representa várias cenas da vida monástica: na parte inferior esquerda a Virgem aparece a São Bernardo; acima dele um grupo de monges se flagela em frente ao Crucifixo; no meio, em uma gruta grande, há o São Gerônimo rezando em frente à Cruz, enquanto ao topo São Francisco se ajoelha e recebe os Estigmas. Na parte inferiore direita está uma representação de um santo orando, provavelmente o Santo Romualdo.
De acordo com alguns autores de ufologia, o objeto vermelho que aparece na gruta central, ao lado direito da Cruz, é um disco voador: «INa pintura, aparte da colina por meio de um efeito de perspectiva, há um objeto discóide, suspenso no ar e com um topo vermelho com domo. Vermelho em cor, o objeto se destaca do fundo escuro por contraste. O movimento dinâmico do objeto voador é representado por meio de traços leves de pincel, vermelhos novamente, que dão o efeito de uma virada súbita.» (NDR: excerto de Edicolaweb, tradução ao inglês pelo autor)

A ampliação à qual o excerto se refere de fato mostra um fundo escuro e uniforme (veja a imagem à direita). De qualquer maneira a observação de uma melhor reprodução esclarece que o “objeto estranho” está situado dentro – e não fora – da gruta, da mesma forma que a própria figura ajoelhando. Também esclarece que o objeto está no chão perto da Cruz e que suas dimensões são menores que as do animal perto dele.

Neste momento qualquer um com algum conhecimento mínimo em história da arte reconheceria um chapéu cardeal (as cordas são claramente visíveis). De fatos, a figura ajoelhando é São Gerônimo, que foi ordenado a se tornar um eremita depois de renunciar à carreira eclesiástica:
«de acordo com um dos módulos inconográficos mais comuns, Gerônimo no deserto flagela seu tórax com uma pedra enquanto se ajoelha em frente a um Crucifixo ou enquanto lê a Bíblia Sagrdada, para descobrir a seqüência gradual da revelação divina e sua realização em Cristo. O uso da vestimenta púrpura simboliza o abandono da vida eclesiástica, cheia de deveres e satisfações intelectuais assim como glória suprema desaparecendo e a convicção de farisaica de uma superioridade moral e cultural.»
(http://www.cini.it/palazzocini/testi/ferrar/gero.html, tradução ao inglês pelo autor)

«Esta iconografia fica muito comum entre os séculos XV e XVII. Ele (o São Gerônimo) é representado como um homem velho com cabelo e baraba brancos, seu chapéu cardeal próximo dele; ele é acompanhado pelo leão com a pata da qual, de acordo com um conto popular, o santo extraiu um espinho.” Além de alguns momentos específicos da sua vida (no deserto, flagelado por anjos, enquanto tentado ou tendo visões, aventuras com o leão, traduzindo, a última comunhão, os milagres dele) a figura dele é representada de acordo com três tipologias principais. Como um penitente, vestido com peles ou artigos de vestuário pobres, ajoelhado em frente a um Crucifixo e batendo em seu tórax com uma pedra; perto dele pode haver a ampulheta ou o crânio, símbolos do transcurso do tempo e conduzindo à morte. Como um erudito, sentado em seu estúdio no ato de escrever ou ler, cercado por instrumentos de conhecimento. Como doutor da Igreja, de pé, com seu vestido cardeal vermelho. Embora o título de cardeal não existisse naquela época, ele é representado assim depois de seu trabalho na corte do Papa.»
(http://www.thanatos.it/cultura/personaggi/san_girolamo.htm, tradução ao inglês pelo autor)

O leão perto do santo lembra a lenda de acordo com a qual Gerônimo salvou e domesticou o animal selvagem extraindo um espinho de uma de suas patas. Além disso, o leão é o símbolo do evangelista São Marcos e a República de Veneza. Realmente se diz que São Gerônimo nasceu na Dalmácia. Apesar disto muitos websites que lidam com OVNIs costumam citar um artigo de Umberto Telarico publicado em “Notiziario UFO“ n. 8 (1996) no qual o animal é descrito como um “pequeno cachorro“.

Logo mais está uma pequena galeria de várias pinturas nas quais o São Gerônimo é representado. Nas primeiras três imagens ele é mostrado em vestimentas de cardeal, com seu chapéu vermelho. Na quarta imagem ele é representado de dois modos diferentes: vestido de cardeal na esquerda e as vestimentas eremitas à direita, o chapéu vermelho lançado ao chão.

As imagens seguintes então apresentam São Gerônimo como um eremita, rezando em frente à Cruz, com seu chapéu vermelho lançado novamente no chão.

Em setembro de 1992 a FMR, a revista de arte editada por Franco Maria Ricci, publicou dois artigos escritos por Erika Langmuir e Erminio Caprotti sobre a iconografia de São Gerônimo (FMR, n. 94 – setembro de 1992).
Citando Caprotti: «A primeira biografia de São Gerônimo foi publicada por Andrea de Bolonha (ao redor de 1348), que uniu fatos históricos e episódios lendários. Este autor também é o que deu aos artistas as instruções seguintes, que se tornaram canônicas, sobre a iconografia do santo: “Cum capello, quo nun cardinals utuntur, deposito, et leone mansueto.” (NDR: “com chapéu, o tipo usado por cardeais, não usado mas deixado ao lado, e o leão domesticado”) O chapéu em questão é o chapéu cardeal presente em tantas representações de São Gerônimo, junto com o leão. O fato de que o santo nunca foi um cardeal, assim como também nunca conheceu um leão ferido, não importa. Uma vez que a arte reteve estas características arbitrárias, elas se tornaram parte dos fatos a ser representados para a posteridade. Felizmente por meio de obra-primas maravilhosas.” (Tradução ao inglês pelo autor)


Conclusões:

Na pintura de Paolo Uccello intitulada “La Tebaide” não há nenhum OVNI. O objeto vermelho
perto do santo rezando é o chapéu cardeal de São Gerônimo.


CARLO CRIVELLI, Annunciazione
(Galeria nacional, Londres)

Pode ser absurdo, mas certos autores de websites de ufologia consideram com espanto a Anunciação de Carlo Crivelli, exibida na Galeria Nacional de Londres.
O que eles consideram mais surpreendente é o fato de que há um raio descendo do céu e alcançando a Virgem Maria. Eles afirmam que este raio vem de um Objeto Voador Não Identificado em forma de disco pairando entre as nuvens. Todas as reproduções do detalhe relativo ao círculo de nuvens no céu são terríveis, borradas e indecifráveis. Ninguém parece ter procurado uma reprodução melhor. Pelo contrário, esta mesma versão está espalhada incontáveis vezes de um site para outro:

Aqui está o comentário, neste caso bastante cuidadoso, da Edicolaweb: «Pintura de Carlo Crivelli, conhecida como “A Anunciação”, mostrada na Galeria nacional de Londres. No céu está um grande círculo luminoso do qual um raio de luz desce, alcançando a coroa usada por Maria.» (Tradução ao inglês pelo autor)
Em um comentário publicado em um site diferente chamado “Os OVNIs de Crivelli“, os autores afirmam que o objeto indubitavelmente se parece com um OVNI avistado em Veneto (NDR: região do norte da Itália) em 1999: «O que mais chama a nossa atenção é a peculiaridade da forma da nuvem: realmente parece ser bastante sólida, com uma estrutura circular e claramente diferente de qualquer outra nuvem cercando-a. Pode ser ou o círculo do sol (emanação direta da energia divina) ou um objeto realmente visto e assim representado pelo próprio Crivelli. Como uma evidência desta última hipótese está a “espessura” do objeto, que não é uma entidade abstrata: além disso a semelhança da “nuvem” com um OVNI visto recentemente em Veneto em janeiro de 1999 é clara. O leitor pode julgar por si mesmo.» (Tradução ao inglês pelo autor)

Inacreditável como possa ser, aqueles que publicam estas coisas realmente parecem nunca ter entrado em um museu. Se tivessem, eles notariam que há uma quantidade vasta de Anunciações nas quais um raio desce do céu e alcança a Madonna. Além disso, com relação à pintura de Crivelli, eles notariam que o objeto no céu é formado por um círculo de nuvens dentro do qual há dois círculos de anjos pequenos.

É um modo muito comum de representar a divindade, visível em tantos trabalhos de arte sagrada.
As imagens que seguem, por exemplo, mostram a cúpula da Igreja de Parma pintada por Correggio e uma Madonna com Criança por Lorenzo Lotto:

O próprio Gustave Doré, no meio de 1800, retomou o padrão do vórtice de anjos nas nuvens na
ilustração seguinte de Paraíso de Dante, Cântico XXXI:


ma guarda i cerchi infino al più remoto,
tanto che veggi seder la regina
cui questo regno è suddito e devoto».

Io levai li occhi; e come da mattina
la parte oriental de l’orizzonte
soverchia quella dove ‘l sol declina,

così, quasi di valle andando a monte
con li occhi, vidi parte ne lo stremo
vincer di lume tutta l’altra fronte.

E come quivi ove s’aspetta il temo
che mal guidò Fetonte, più s’infiamma,
e quinci e quindi il lume si fa scemo,

così quella pacifica oriafiamma
nel mezzo s’avvivava, e d’ogne parte
per igual modo allentava la fiamma;

e a quel mezzo, con le penne sparte,
vid’io più di mille angeli festanti,
ciascun distinto di fulgore e d’arte.

Aqui estão algumas outras anunciações apresentando círculos de nuvens, anjos e raios:

Então, aqui está uma série de anunciações bizantinas que apresentam raios que descem do
céu, vindo de uma forma abstrata que representa a divindade:


Conclusões:

Na pintura “A Anunciação” por Carlo Crivelli não há nenhum OVNI: O raio que alcança a
Madonna vem de dois círculos de pequenos anjos dentro de um círculo principal de nuvens,
como em muitas outras representações de Deus que aparecem em pinturas medievais do
Renascimento.


“EXALTAÇÃO DA EUCARISTIA” (Detalhe da Trindade) por Bonaventura Salimbeni
Igreja de San Pietro, Montalcino


((Imagem retirada de http://www.montalcino-tuscany.it/ufo_pianello.htm)

Finalmente há a controversa discussão sobre o assim chamado “Sputnik” de Montalcino. Este é de fato o nome tão freqüentemente usado por certos sites para se referir ao objeto representado na igreja de São Pedro em Montalcino. As páginas da Edicolaweb por exemplo escrevem: “realmente lembra os satélites artificiais russos”. Vale mencionar que hipótese deste tipo perdeu força depois da publicação do artigo por Samuele Ghilardi, Amos Migliavacca e Elenio Salmistraro: “O Satélite de Montalcino.”

Os autores descrevem como a pintura foi analisada por meio de fotografias tiradas de distância curta e declaram concordar com Jan Hobana, que afirma: «IÉ muito interessante a interpretação de Ion Hobana, grande perito de OVNIs e autor do ótimo volume ” Enigme pe cerul istonei “. Ele disse que o objeto seria um mapa antigo do mundo, representando o Globo da Criação no qual o sol é visível e uma forma primitiva de marcação dos meridianos e paralelos; além disso o cilindro pequeno seria o ponto para poder fixar um apoio a esfera. Um exemplo é visível no Vaticano. Das análises levadas a cabo nas fotografias e a pintura que as origina não podem ser apreciados elementos que fazem supor um evento ufológico, enquanto eles puderam encontrar numerosos pontos em comum com a representação grega ortodoxa. Em muitos ícones vindos do Oriente é possível notar esferas com os mesmos símbolos e traços, acompanhadas ou da figura única de Cristo ou de toda a Trindade.»

Até mesmo esta pintura prova não ser muito diferente de qualquer outra do mesmo gênero. Realmente todas as pinturas nas quais a Trindade é representado mostram Jesus, o Pai e o Espírito Santo na forma de uma pomba. Normalmente até mesmo o “Globo da Criação” é apresentado, simbolizando não apenas a Terra mas o universo como um todo. Além disso muitas pinturas também apresentam as “varas” seguradas por Jesus e o Pai que freqüentemente são descritas como as antenas do sputnik.

O que é considerado mais estranho no globo da pintura de Montalcino é o detalhe visível na parte de baixo, perto dos pés de Jesus, que muitos autores descrevem como um “periscópio”. O ufologista Jan Hobana acha-o semelhante ao pino central usado em certos globos e relata de um específico que, de acordo com ele, poderia ser visto no Vaticano. Apesar disto o detalhe em questão não é nem um periscópio nem um pino. Claramente visível no globo ao invés estão o Sol e a Lua (respectivamente no meio do topo e na parte inferior esquerda) junto com as linhas que também formam o T invertido também presente em outros exemplos.

Com uma observação cuidadosa outra forma esférica é visível ao centro do globo. Ainda que uma ampliação da fotografia seja necessária para apoiar a hipótese, não é perigoso supor que esta forma pode representar a Terra. De fato, ao lado esquerdo do globo está claramente traçada a órbita da Lua.
O mesmo tipo de representação astronômica no Globo da Criação está presente em outra pintura, por Pieter Coecke, ilustrando a Trindade.

Focalizando no globo da criação, qualquer um pode ver o Zodíaco, o Sol, a Terra com seu cone de sombra e a Lua, muito pequena embaixo.
É uma representação da Sphaera Mundi, com a Terra ao centro do Universo, segurada pela mão de Deus.


Conclusões

A esfera entre as figuras da Santa Trindade na “Exaltação da Eucaristia” por Bonaventura Salimbeni, não há um OVNI. O objeto, pintado em muitas representações da Trindade, é um símbolo do “Globo da Criação“, e nesta pintura particular contém a ilustração do Sol e da Lua. Para confirmar também a presença da Terra, como na Trindade de Coecke, seroa necessário um close-up da pintura.
– – –

Confira mais:

Parte 1
(português)

Parte 2
(italiano)

Parte 3
(italiano)

Parte 4
(italiano)

Parte 5
(português)

Parte 6
(italiano)

2 comentários sobre “Arte e OVNIs? Não, obrigado, só arte…

  1. Ser cético é uma arte, e você devia duvidar até do seu próprio ceticismo. As vezes o excesso dele, pode te tornar um dos mais crédulos de algum tema. Você está certo, falta estudo para os bilhões de sites que reproduzem as imagens sem grandes cuidados. Mas cuidado, que nem sempre pode ou deve ser isto. A explicação de que “é uma forma comum de representar a divindade” me parece uma frase mais de um crédulo do que de um cético. Juntam-se a você os filósofos, críticos de arte, eruditos das universidades, catedráticos, jornalistas, enfim, todos que pertencem ao Mainstream e reproduzem as velhas explicações céticas de sempre. Criticar os ufólogos (não sou um), pode ser só uma forma de também falar do que não sabe. E nisso você não parece muito diferente deles. Mas não quero parecer rude com estas palavras. É muito bom ler um outro lado da história, como você fez. Até!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *