Uri Geller e o truque da bússola

James Randi apresenta uma suposta demonstração de poderes paranormais realizada por Uri Geller na TV israelense envolvendo uma bússola”¦

E mostra como fazê-lo. Sem legendas, mas as imagens são auto-explicativas, exceto por um detalhe: quando Randi usa um polegar falso que esconderia um ímã grande, ele está trucando o truque.

Desde o início o que afeta sua bússola é um minúsculo mas potente ímã grudado a sua palma com uma bandagem transparente, mas que poderia ser de cor da pele e assim ocultar perfeitamente a artimanha.

Uri Geller já foi pego em vexames maiores.

22 comentários sobre “Uri Geller e o truque da bússola

  1. “Eu quero acreditar” que exista o sobre-natural, o para-normal, e o meta-físico, porém a explicação plausível que chegamos é a mesma dos período tribal de nossa civilização: deus faz acontecer porque ele quer assim.

  2. Uri Geller é PÉSSIMO! Preferia mil vezes aquele outro, que era mais Hollywoodiano (esqueci o nome do infeliz, mas já é meio antigo)… :P

    P.S.: Truques são muito legais! Sei um que você finge que vai fazer sumir uma moeda, mas faz sumir o copo que você usava pra cobri-la (mas, em verdade, você só o derrubou no colo! HEHEHE)

  3. Olá colegas! Estou prestes a ser crucificado com o comentário que vou fazer e digo de antemão que respeito a opinião de todos mas não acho necessário a violência verbal na qual muitos se utilizam como se isso fosse realmente necessário na investigação serena desses fenômenos…
    Não considero Uri Geller um simples charlatão. Nos sites de ceticismo abundam os ataques contra a sua pessoa, principalmente baseados no mágico ilusionista James Randi. Afinal de contas: reproduzir fenômenos como entortamento de metais através de métodos de prestidigitação não significa que os mesmos sejam somente isso. E parece que Randi pretende. Mas para mim não funciona dessa forma. Ele estudou pessoalmente os fenômenos produzidos por Uri? Algumas pessoas que alegam poderes paranormais merecem ser estudadas em profundidade, mas isso exige um controle rigoroso dentro de um ambiente desconhecido do suposto paranormal, como um laboratório científico de Universidades interessadas nessa pesquisa. Sei que Geller foi pesquisado em Universidade dentro de rigorosos padrões de controle e foram constatados que algumas de suas capacidades realmente eram paranormais. O que Randi tem a dizer sobre isso? Gostaria de saber.

  4. OBS NECESSÁRIA: O Uri Geller a que me refiro é aquele que começava a despontar nos anos setenta e que provocou pesquisas sérias na época. Naturalmente, dentro do panorama ainda desconhecido em vários aspectos da fenomenologia parapsicológica, sabe-se – e isso pode ser plenamente constatado na respeitosa casuística das pessoas que apresentam certas capacidades paranormais – que esses poderes não acompanham necessariamente o dotado até a morte… Portanto, é lamentável se constatar que aqueles que se fizeram impressionar por suas REAIS capacidades psíquicas hoje se utilizem de muitos truques por diversos motivos, inclusive econômicos.

  5. Eu queria ver esse tal Randi reproduzir os poderes do http://www.youtube.com/watch?v=p42JnyypCo0

    Isso ele não faz. Os céticos apenas insistem em afirmar que se trata de estática ou que ele usa um produto pegajoso NA PELE.

    Depois do programa do Discovery nem tocam no assunto preferem fingir que não existe.

    Quanto a esse Uri mongol Geller é apenas um idiota.

  6. Ué, Marcelo…
    Nos comentários do próprio youtube tem gente dizendo que viu o programa e no final revelam que ele tem a pele muito fina/macia e isso faz os objetos grudarem nela. Randi não reproduz porque é uma anomalia genética. Vocês também vão SECOS acreditando em qualquer vídeo, hein?

    E Claudio, além do link que Mori colocou no final do post, ainda tem um vídeo no youtube de Randi analisando os truques de Geller, e a cena mais famosa, em que Geller está num talk show e se recusa a entortar as colheres escolhidas pela produção, alegando que seus poderes não estavam funcionando. E sério, se é possível reproduzir o que ele faz usando objetos simples, é ingenuidade absurda sua achar que mesmo assim ele merece alguma atenção especial.

    Será que vocês ainda não entenderam o que significa ceticismo?

  7. Anon, tenho uma noção do que significa ceticismo sim! Afinal, ele está tão em moda que se Pirro estivesse vivo estaria dando pulos de três metros de altura de tanta felicidade! Abundam sites de ceticismo, vídeos no youtube, etc. A crença na não-crença é simplesmente bem estabelecidade na mente de muitas pessoas. E no entanto, apesar de analisar e estar em contato com esse abundante material, sei que o único ceticismo válido é o do bom senso!
    Em relação a Uri Geller: ele tinha sim capacidades psicocinéticas que podem ter lhe abandonado com o passar do tempo. Eu digo isso, porque não se tem notícias de pesquisas sérias realizadas atualmente com Geller e isso acaba gerando munição aos céticos de plantão. Muitas se perguntam: será que ele merece estudo sério atualmente? Afinal, ele constituiu fama e fortuna, ao que parece às custas de algo sério e que jamais deveria ser utilizado para tal fim. No entanto, se ele se utiliza de truques de forma descarada como demonstrada no vídeo, deve ter lido muito mal os manuais de prestidigitação ou aproveitado muito pouco deles!!
    Quando Geller esteve na televisão brasileira nos anos setenta, realizou diversas demonstrações importantes que afetaram a vida de muitas pessoas. Vou dar um exemplo pessoal que acho importante colocar aqui, mesmo porque sei que a maioria dos que visitam este site estão buscando a verdade. Meu falecido tio e sua esposa estavam diante da TV quando Geller se apresentou aos telespectadores brasileiros. E num determinado ponto do programa, ele tentou ensinar como provocar o entortamento de metais com o poder da mente. Pediu a todos que buscassem um objeto de metal, mais exatamente um talher como garfo ou colher por exemplo. Meus tios pegaram um garfo e seguindo o exercício proposto por Geller tentaram vergar o metal. No entanto não tiveram sucesso. Após o término do programa, meu tio abandonou o talher em cima da TV e se retirou para outras atividades… Quando retornou mais tarde teve uma incrível surpresa: o garfo colocado em cima da TV estava totalmente dobrado! Sem contato humano nenhum! Bem, se Geller é apenas um mágico como todos os céticos defendem, é preciso se explicar como um mágico conseguiu influenciar certas pessoas fazendo aparecer nelas dotes psicocinéticos.. Basta para mim essa experiência familiar tão cara e que é fora de qualquer tipo de dúvida. Portanto, sigamos os fatos para basear nossas teorias explicativas somente neles!

  8. Acho que todos têm o direito de errar sempre, mas desejar provar em laboratório que todos os fatos paranormais, mediúnicos e incorpóreos são sempre truques e falcatruas, é ser mais que um tolo qualquer.

  9. Olá, Cláudio.
    Mas aí, a partir disso que você escreveu, a gente presaria procurar confrontar o tanto de evidência em favor da paranormalidade de Uri Geller com o tanto de evidência contra, segundo a qualidade das evidências. Não tenho conhecimento para conversar especificamente sobre Uri Geller, mas vejo sim razões para supor, correndo o risco de agir como preconceituoso (afinal o cara que diz o que quer que seja sempre pode estar errado), que o tanto de evidência a favor de Uri Geller é mais frágil. Porque tem, por exemplo, o seguinte: figuras televisivas como ele são simplesmente um prato cheio para um público crédulo demais. Olhando bem, e com base num repertório até bem grande que o ceticismo de fato possui, estão todos livres para considerar Uri Geller, após grandes processos de escalda-gato, não como questão de paranormalidade, mas como questão de negócio.
    Quanto ao seu relato familiar. Caramba, Cláudio, eu posso acreditar, por uma questão de boa , e faz muito bem ao coração ter boa fé na imensa maioria das pessoas, que você é um sujeito sério, aliás eu acredito sim nisso, não tenha dúvida. Mas isso que você conta, e que você entende como verídico por motivos que lhe parecem muito sólidos, não pode ser provado. Não estou de maneira nenhuma sugerindo alguma coisa negativa em relação a você, muito longe isso aí de mim. Mas argumentações como a sua, com todo o respeito, reforçam a minha tendência a considerar correto que as evidências favoráveis a Uri Geller seriam as mais frágeis.
    Mas olha só, Cláudio, o que realmente me importa não é o Uri Geller, o que interessaria mesmo seria a gente pôr pra frente a noção de que o ceticismo, o hábito de esmiuçar a realidade e lançar a crítica de seus detalhes e interpretações, poderia de modo muito benéfico entrar na visão de mundo comum das pessoas, entende? Ceticismo como defesa intelectual e como método exigente de conhecimento, em relação às religiões, à política, aos discursos vigentes, aos costumes, à produção e à distribuição das riquezas, à própria cultura, enfim, isso aí seria uma conquista tremenda. Isso pode parecer uma generalidade meio grande demais, e é mesmo; pode perfeitamente não acontecer. Eu tiro o chapéu pra essa contirbuição do James Randi, exatamente porque a construção de uma cultura do ceticismo é urgente, e precisa começar a ocorrer também a partir de intervenções desse tipo. O mérito chega a ser cultural em termos profundos, embora seja necessário muito mais que isso.
    Um forte abraço.

  10. O ceticismo é necessário até certo ponto. O maior problema é a falta de sensibilidade aos céticos, quando são de fato céticos. Também o fanatismo cético é horroroso!

    Outro grande problema é a galera de vaquinhas de presépios que se metem a falar do que não conhecem porque ouviram alguém dizer que ser cético é “elite manero!”

    Quando o Mori escreve em inglês lá no forgtomori, as opiniões dos céticos internacionais são muito mais apuradas, realistas e não radicais, bem diferentes em qualidade e visões dos muitos dos tolinhos que baixam por aqui. Não todos, claro!

    Isso prova que nossa escolaridade é muito mais deficiente ainda do que mostrada no ranking mundial, de últimas colocações. O que nos faz pensar também que professores são tão comprometidos quanto o sistema de ensino, pois o ceticismo irracional já é transmitido ostensivamente nos bancos escolares e acadêmicos.

    Realmente há que se rever tudo de cabo a rabo.

  11. Lendo alguns dos comentários aqui, vejo que o maior (e único)poder que o NOTÃ’RIO charlatão Uir Geller tem é o de enganar e formar novas novos fâs a cada década.

    O que resta aos entusiastas do sobrenatural é inverter o ônus da prova, alegar a priori que o sobrenatural existe, fugir do rigor da investigação e entoar como um mantra a cada port que “se a ciência não admite que o paranormal existe é por sua própria culpa pois tem a mente fechada e/ou por ser muito primitiva em relação ao mundo espiritual”.

  12. Alô, Carlos Magno.
    Meu caro, que ideia é essa de que os céticos são insensíveis? Estou em profundo desacordo com você quanto a este ponto.
    E sobre o ceticismo mais vital, aquele que deveria sim existir frente a todas as “verdades” sociais, políticas e religiosas que conhecemos, segundo que lógica você considera que ele deveria ir somente até certo, e qual seria esse ponto, em sua opinião?
    Abraços.

  13. Prezado Eduardo;

    A insensibilidade é flagrante. Normalmente os céticos são irônicos e debochados, não se dando ao trabalho de verificar o que os não-céticos realmente entendem, e saem atirando em todas as direções.

    Os céticos se preocupam muito mais em torpedear as bases dos religiosos e místicos, do que em se ocupar silenciosamente com suas visões ateístas. Ou seja, precisam em verdade é cuidar de suas vidas e não viver metendo seus narizes na seara alheia. Observe bem que quando esses blogs e sites céticos ou de ciências, vão mal das pernas, eles imediatamente atacam os valores religiosos e místicos e seus mais altos representantes, para obter maior volume em seus comentários. E isso vem se tornando rotina quase diária.

    E mentem a si mesmos dizendo que saem em defesa dos valores reais da sociedade, ou criando associações. Pobres paladinos quixotescos, a quem pensam que enganam?

    Essa é ainda uma visão pragmática e rasteira. Mas na outra ponta, você precisa também observar que o ceticismo virou fanatismo, principalmente por aficionados das ciências. E aí as ciências se tornam a religião dos céticos. Não há porque os céticos criticarem as crenças em Deus, porque eles se tornaram tão ou mais fanáticos que certa gama religiosa, estando assim dominados pelas suas próprias idéias. É o veneno sendo experimentado pelo próprio envenenador.

    O místico lê e discute ciências, o cético sequer abre um livro de esoterismo, mas critica tudo quanto não esteja dentro de seu mundo virtual. Falo da maioria, não de todos.

    A diferença fundamental, no entanto, é que a maioria que se diz cética e os pseudo, são profundamente teóricos, se baseiam em hipóteses ou em preceitos científicos a que eles não tem acesso, somente em teorias. E constrõem seus castelos de areia com críticas unilaterais e visões míopes.

    Nós misticos e esotéricos, vivemos a prática que a teoria não alcança, incorporamos forças e energias, desenvolvemos um tato especial para tratar com o oculto, e conhecemos em nós mesmos do que falamos. Essa sensibilidade os céticos não possuem, mas acham que sabem tudo, porém, infelizmente para eles, jamais experimentarão neles mesmos do que teorizam.

    Por outro lado, os céticos precisam aprender de uma vez por todas que as ciências são o que são, e não o que eles desejam que elas sejam. As ciências não são deus e nem o diabo, mas os céticos querem torná-las suas propriedades incontestáveis. E por que? Porque se apegam às falsas premissas de que a maioria dos cientistas são ateus, logo as ciências, (que são impessoais) também precisam ser atéias. Mas, claro, eles, os céticos das ciências, somente pesquisam a matéria por que seria diferente? Diferente são os outros cientistas que pesquisam além da matéria e penetram nas câmaras ocultas que os retilíneos e uniformes não conseguem sequer vislumbrar.

    Há muitas outras coisas a dizer e esse pouco, sei muito bem, já vai causar uma cascata de protestos. Paro por aqui.

  14. Alô, Magno.
    Não vou responder agora o seu comentário porque está tarde, vou dormir um pouco (estou trabalhando em casa, bicho, às vezes os horários ficam uma loucura). Mas adianto agora o que vou escrever melhor mais tarde. Primeiro, para falar bem a verdade, eu dificilmente me sinto satisfeito com a maioria das conversas com muitos internautas que se põe a falar sobre as coisas na rede mundial, digo simplesmente que nós estamos vivento uma época ruim em muitos aspectos. Eu noto uma má tendência nas pessoas pela internet, é um negócio meio chato. Mas quero falar sobre isso melhor outra hora. O que eu quero dizer agora é o seguinte, ao longo de toda minha vida tenho experimentado processos de alteração da consciência, procedi a várias investigações longas que me levaram ora à “espiritualidade”, ora ao terreno da ciência como modo de pensamento, e esse último foi e tem sido para mim o mais satisfatório. Eu poderia depois dar exemplos de algumas das sandices inacreditáveis que ouvi dos lábios de místicos e esotéricos ao longo de alguns anos, não morro sem ter essas coisas registradas num livro! Mas enfim, a gente se fala direito logo mais. Bons dias.

  15. Alô, Magno, agora sim vou escrever um pouco mais.

    Meu irmão, não quero bancar o metido. Com toda a amizade eu digo a você que talvez lhe proporcionasse uma grande satisfação conhecer ou rever algumas boas obras da filosofia e da arte, realizadas por grandes homens céticos, e que andaram sempre à beira de morrer de tristezas e de pular de alegria, mais ou menos ao mesmo tempo, diante da medonha (ou bela?) condição humana. Dizer que uns caras de uma estirpe como a de Monteiro Lobato, Charles Chaplin, Pablo Picasso, Carlos Drummond de Andrade, Freud, Bernard Shaw, Érico Veríssimo, Darcy Ribeiro, Stefan Zweig, Miguel de Unamuno, entre tantos e tantos outros de todas as épocas e locais, foram insensíveis por serem céticos é no mínimo uma grande injustiça. E não pense que estou tentando me servir de um argumento de autoridade por me referir a alguns dos maiores humanistas que o Ocidente já viu, e que pautaram o seu humanismo sobre uma boa base de procedimento cético, não é isso. Estou apenas sugerindo que essas pessoas, a quem me refiro de modo absolutamente consciencioso, teriam coisas a dizer sobre a sensibilidade e o ceticismo muito melhor que eu, e eu só posso festejar, nesse caso, a minha incompetência. Disse Jorge Luís Borges: “Que outros se gabem das páginas que escreveram, eu me orgulho das que tenho lido!”. Mas honestamente me parece que você se identificaria com a obra de Carl Sagan. Aliás eu acho que a maioria dos céticos de hoje não leu decentemente a obra de Sagan, digo isso por muitos motivos. Segundo a viúva desse autor, a também escritora científica e cética Ann Druyan, e pelo que se pode ler da obra propriamente dita, Sagan tratava os religiosos e metafísicos com os maiores bons modos, tanto que teve a oportunidade de construir, ao longo da vida, grandes amizades com religiosos e místicos que só estariam interessados, num primeiro momento, em refutá-lo por ser agnóstico. Penso que gostará especialmente das partes que versam sobre história da ciência e Ética, com maiúscula, nos famosos volumes Cosmos e O mundo assombrado pelos demônios. Novalis pensava que uma determinada coisa seria, quanto mais poética, mais verdadeira. Você se sentiria feliz ao constatar que a obra de Sagan é também poesia pura — e plenamente verdadeira, se Novalis estava certo. Enfim, Magno, compreendo o que te incomoda, e me incomoda também. Há entre nós muita mediocridade, e muita má tendência em todos os sentidos, e vejo que tudo, tudo, tende a piorar muito. Você sabe que sou comunista. Sei que existem conhecedores do marxismo que propõem, hoje, uma revitalização das constribuições de Marx e Engels partindo da seguinte premissa: o problema não é o sistema econômico, o capitalismo tem dado todas as evidências de que é capaz, pelo menos até o momento, de ajustar e reajustar todo o seu funcionamento a suas demandas estruturais, mesmo à custa de duas guerras mundiais, crises cíclicas e desagregamentos da sociedade. O problema, segundo essa premissa, é outro, e tem a ver com as coisas do “espírito”: no capitalismo, segundo todos os aspectos do desenvolvimento da mentalidade capitalista, as relações humanas apresentam tendências de deteriorarem ao ponto de se tornarem quase impossíveis, e aí não haveria sistema econômico que desse jeito, mesmo com doses cavalares de márquetchin. É uma grande coisa sobre a qual pensar. Você pode concordar ou discordar; para formar um juízo satisfatório, precisará sem dúvida se servir de alguns procedimentos céticos.
    Abraços.

  16. Oi, só mais um negocinho.
    Penso haver encontrado aqui um princípio para minha reivindicação do ceticismo como método, ainda sobre o assunto que discutíamos: não é digna de nota uma proposição que não apenas permita, mas necessite urgentemente, com total consciência e em todos os detalhes, ser posta à prova por observadores independentes. Dois terrenos nos quais esse princípio de aplica de muitos modos são a arte (segundo as questões estéticas em torno das obras de arte, sendo a estética muito mais que a obra em si) e a ciência (segundo o procedimento científico propriamente dito, o contrário do que se dá em relação à obra de arte). Quanto à política que lamentavelmente conhecemos, às religiões, ao mundo dos negócios e a tudo que só oferece mais preconceitos e mais anestesia para a massa, esse princípio obviamente não se aplica. Se essa divisão que fiz entre dois ramos da compreensão estiver correta, embora sem dúvida as coisas não sejam tão simples assim, qual dos dois te parece mais favorável ao ser humano em sentido histórico e em sentido “espiritual”, inclusive a partir de sua sensibilidade?

  17. Eduardo:

    Alguns desses céticos apontados por você, os admiro, como Chaplin, por exemplo. Não sei realmente quantos desses eram céticos das obras humanas ou ateus. Mas as obras populares falaram por eles mesmos. Granjearam fama, sexo e dinheiro, tudo bem se era isso que alguns realmente desejaram.

    Esses e outros por terem sido famosos e inteligentes não deixaram de cometer erros de concepções pessoais céticas, religiosas e filosóficas e alguns, senão um bom número deles, das letras e do pensamento, foram incoerentes e até imorais em suas vidas privadas a despeito e opostamente ao que externamente pregaram. Logo, são exemplos humanos falíveis, como todos somos, e absolutamente não me apóio neles e muito menos em suas filosofias de vida.

    Mas os céticos a quem me refirmo na sua maioria, são os tolinhos que pululam por aqui, que não sabem nada e pensam que sabem muito, que se ficassem com suas teorias marrentas para eles mesmos, a insignificância se limitaria aos próprios cérebros, tudo bem. Mas atacam o que desconhecem, ficam enfurecidos com místicos, esotéricos e religiosos, porque somos simplesmente místicos, religiosos e esotéricos, não apresentam argumentos sólidos dentro do conhecimento que atacam e somente negam e ofendem.

    Com os mais esclarecidos ainda vale argumentar.

    Abraços

  18. Magno.

    De fato a consideração da falibilidade humana é um ponto extremamente crucial para o simples bom senso, e é, sem dúvida, crucial também para que se construa, ou se adquira, um princípio cético diante das coisas. E digo mais: o melhor cético seria aquele que sempre considerasse, ao pensar ou dizer qualquer coisa, do modo mais rigoroso, a margem de erro que com toda a certeza existe em suas opiniões ou discursos. Mas em minha opinião, com a devida margem, há uma incongruência no que você escreveu, e veja que não pretendo, com este papo, disputar nada, escrevo apenas pelo prazer da conversa. Você diz não sentir a necessidade de se basear, inclusive em termos morais, sobre esse ou aquele contribuidor da cultura humana (eu também não sinto exatamente esse tipo de necessidade, meu interesse é pela cultura como processo, com muito interesse quanto à estética e ao desenvolvimento das mentalidades), precisamente porque os homens falham, são corruptíveis, etc. Entretanto, o mesmo se aplica facilmente ao terreno das religiões e escolas místicas, terrenos nos quais, a próposito, a falibilidade humana dos profetas, fundadores ou dirigentes é com facilidade esquecida, para não mencionar as imensas falhas conceituais originais em relação ao mundo natural — Terra plana, idade geológica do mundo, processos biológocos, e por aí vai. Eu comentei aqui que experimentei, ao longo de alguns anos, estados alterados de consciência espontâneos. Eu posso, se você quiser, discutir esse assunto. Senti a necessidade, na época, de ir conversar com metafísicos das mais variadas correntes, dezenas de gurus e “professores”, e nunca ouvi dos lábios de nenhum deles, se o assunto fosse seus conceitos ou preconceitos, nenhuma palavra sobre o rigor na experiência mística, a falibilidade humana, essas coisas. E, vamos lá, eu dificilmente encotraria algum alívio a meus cansativos e constrangedores males de cabeça sem um acompanhamento psiquiátrico. Mas deixe-me continuar procurando ser honesto: devo confessar, sem problema nenhum, que a medicina a que tive acesso também deixou sempre muito a desejar, embora tenha sido, para mim, muito melhor que qualquer espiritualismo. Como vê, falo a partir da experiência da minha vida.

  19. Adesivos, pele “macia”.

    Não foi nada disso que eu vi ou que disseram no documentário.

    E mesmo assim eu queri ver esse velhaco do Randi reproduzir o magnetismo como o mostrado pelo senhor do vídeo só isso.

  20. Marcelo, não é magnetismo. É uma anomalia genética na pele que produz muito atrito e a torna grudenta. É inclusive hereditária, os filhos e netos dele também tem. Randi não poderia reproduzir isso, oras.

    O nome do velho é Liew Thow Lin. Procure você mesmo no google.

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