O que todo mundo sabe
Por Jeff Wagg, coordenador de comunicação da Fundação Educacional James Randi*
Todo mundo sabe”¦ que você precisa arrumar a cama.
Todo mundo sabe”¦ que você deve lavar a galinha antes de cozinhá-la.
Todo mundo sabe”¦ que a maionese estraga rápido.
Todo mundo sabe”¦ que o que costumávamos saber antes está errado, e o que sabemos agora está certo.
As pessoas estão comumente erradas. Especialistas são apenas tão bons quanto seu conhecimento, observações e habilidade de interpretar o que vêem. Nos três casos acima, estudos e novas ideias substituíram o que “todo mundo sabe” com novos conhecimentos ““ e descobriu-se que estavam todos errados.
Embora arrumar a cama pareça limpo, cientistas sabem há anos que arrumar sua cama aumenta a multiplicação de ácaros. Durante a noite, você sua e esta umidade é absorvida pela cama. Por sua vez esta umidade fornece um ambiente hospitaleiro para que ácaros se multipliquem enquanto se alimentam de suas células de pele mortas. Se as concentrações deles aumentarem muito, você pode sentir alguma coceira ou outros sintomas de seus excrementos. Para melhores resultados, não arrume sua cama, o que a ajuda a secar durante o dia.
Já com relação à galinha, também se sabe há tempos que lavar uma galinha crua aumenta a chance de intoxicação alimentar. Por quê? Porque a carne e pele de galinha estão geralmente cobertas com patógenos nocivos. Enquanto cozinhar a galinha mata estes patógenos, lavar a galinha apenas os espalha pela pia, balcão, tábua de cortar”¦ e suas mãos. É muito melhor manusear a galinha o menos possível e então lavar suas mãos e tudo mais que entrou em contato com a galinha.
E se você está pensando em fazer salada de galinha com essa galinha, saiba que a maionese é um preservante, não algo que faz com que a galinha estrague mais rápido. A maionese tem um pH de 3.7, que é acídica o suficiente para retardar a propagação da maior parte das bactérias. Isso não significa que a comida deva ser deixada fora da geladeira ““ as bactérias irão acabar se propagando. Mas saiba que se você passar mal, era provavelmente a culpa da galinha ao invés da maionese.
Não acredita em mim? Veja o que o Google diz [sobre arrumar camas] (em inglês). [E sobre a maionese. E sobre lavar a galinha]. E veja o que se sabe há anos.
Exceto que não sabemos, sabemos? Aposto que muitos de vocês acreditavam em algumas, se não todos estas doses de sabedoria. O fato de que são “tradicionais” e, arrisco dizer, “sabedoria antiga”, não afeta o fato de que de acordo com a melhor informação disponível hoje, são todas falsas.
No entanto muitos diriam que não atualizemos o que “sabemos” com base em novas informações. Defensores de “artes antigas” como homeopatia, Ayuverda, sangrias, os quatro humores, acupuntura e frenologia falham em abraçar esta ideia.
A ciência não é sobre o que sabemos, mas sobre como sabemos. E sabemos que enquanto acumularmos mais informações, teremos uma visão mais acurada da forma como o mundo funciona.
E isso significa”¦ que não preciso arrumar mais a minha cama. Viva a ciência!
– – –
* Tradução gentilmente autorizada. Original Swift: What Everyone Knows. Imagem no topo, locostorm.
Hey hey…
aqui o link em português da matéria da BBC
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/01/050118_asmag.shtml
E o pior disso eh que ainda tem gente praticando sangria como ‘terapia alternativa’ jah que faz parte da heranca cultural de uma determinada regiao.
http://www.rcinet.ca/english/program/the-link/archives/ (03 Aug 2010)
“OLD COUNTRY ALTERNATIVE THERAPIES: When it comes to minor health problems, some immigrants turn to alternative therapies that are popular remedies in their countries of origin. Oussayma Canbarieh reports on the use in Canada of the Middle Eastern blood-letting therapy known as “cupping”.”
Em relação à maionese, a referência do artigo (The influence of mayonnaise pH and storage temperature on the growth of Listeria monocytogenes in seafood salad.) é inadequada. Ele se refere ao crescimento da Listeria monocytogenes na maionese em salada de frutos do mar, enquanto que a principal preocupação quanto ao preparo, estocagem e refrigeração da maionese é em relação à salmonella, que pode contaminar os ovos utilizados no preparo da maionese, que é um ótimo meio de cultura para o crescimento da bactéria se não for adequadamente refrigerada.
De fato. O autor do artigo comete alguns dos erros que ele próprio condena.
Por exemplo, sobre a questão de arrumar a cama, depende da humidade ambiente. No melhor dos casos que dizer apenas que deveriamos desfazer completamente a cama, colocar o colchão para secar, arejar a roupa de cama e depois de tudo seco, rearrumar a cama. Ou para simplificar: cama húmida -> não arrumar a cama é um “non-sequitur”.
Quanto a maionese, como o Stéfano disse o problema é a Salmonella, que está pouco se lixando para o pH.
Terceiro, não lavar a galinha é absurdo. Quer dizer que é melhor colocar a galinha suja na tábua de corte e sujar facas e talheres envolvidos? Não é melhor lavar em uma pia que é *dedicada* para a tarefa de remover contaminantes?
Como dito em um dos últimos comentários no artigo original (Otara, 8/8/2010): “O que que quero dizer é que se não tomarmos cuidado com os exemplos que usamos, acabamos não sendo melhores [do que os defensores de velhas artes]. Ciência é sobre a descoberta de novas coisas, mas também sendo cuidado no que aceitamos como sendo novos fatos.”
Ah, a Arrogância Epistêmica… Nada como ventilar isto de vez em quando, com um pouco de empirismo…
O nome correto de tudo isso é Ciência Best Seller, ciência para vender, uma ciência sem comprovação científica. Vou explicar o meu modo de ver as coisas:
Várias pesquisas já demonstraram que o ovo faz mal a saúde. Durante anos médicos falavam aos seus pacientes para que não comessem ovos, pois aumenta o colesterol e assim por diante. Então novas pesquisas averiguaram que o ovo não aumenta o colesterol e ainda ajuda a emagrecer. Essas evidências levaram a Associação Americana do Coração a revisar suas influentes idéias sobre o que faz e o que não faz mal. Mais tarde outras pesquisas relataram que ovo causa sim problemas cardíacos e também diabetes.
Por que isso acontece? Se uma universidade, organização, laboratório ou cientista importante faz uma “descoberta”, mesmo que não se tenha certeza se ela esta correta, ela acaba publicada, pois é uma questão de fama e credibilidade, além disso, se não ocorrer a tão sonhada publicação o pessoal que financiou tudo vai perguntar: E o dinheiro que investi nisso ai?
E então arrumar a cama faz bem ou mal? Os estudos disseram que faz mal por causa da multiplicação dos ácaros. Mas não é bem assim, o estudo não foi realizado com dezenas de milhares de pessoas ao redor do mundo, apenas com as de uma região. E daí? E dai que cada região do planeta tem seus próprios ácaros, sua própria umidade natural. Logo o estudo não é valido para todas as camas. Então os cientistas erraram? Mais ou menos. Eles descobriram que arrumar a cama, naquela região, naquele clima, com aquelas espécies de ácaros faz mal. Mas nada disso vale para outras regiões do mundo.
Por isso acho que dizer que as pessoas não precisam arrumar suas camas é falta de entendimento científico. Um cético deve ser cético com a religião, com a sabedoria popular, mas também com a própria ciência. Um cético de verdade não aceita algo apenas porque meia dúzia de pesquisadores disse que aquilo é assim.
Muita coisa da sabedoria popular já foi cientificamente provada e muita coisa foi desmentida, mas também muitas “verdades científicas” já foram provadas ou desmentidas.
As revistas e sites científicos têm um gosto por publicar resultados bombásticos, mesmo que não sejam os mais precisos. Então os curiosos e os “céticos” que leram essas notícias acreditam fielmente nelas, espalham elas por e-mail, falam dela para seus familiares e amigos, fazem artigos em seus blogs e postam no Twitter. No fim a fé que as pessoas têm na ciência é tão cega quanto a fé dos que acreditam em tudo o que as religiões ditam. A ciência é o deus dos céticos e eles não contestam ela do mesmo modo que os religiosos fanáticos não contestam seus líderes.
Se a ciência/deus/sagrada nunca falha como explicar fraudes como a do sul-coreano Woo-suk Hwang que fez o mundo acreditar que em 2004 ele havia conseguido clonar um ser humano? Se a palavra dos cientistas é tão confiável por que agora até o peso dos átomos está sendo contestado por novas legiões de pesquisadores, podendo por fim a tabela periódica como conhecemos?
A ciência não é o mar de verdades que os céticos e leigos a enxergam, ela tem a inexplicável capacidade de provar qualquer coisa. Não estou dizendo que a ciência é inútil, apenas quero deixar claro que não se deve confiar em tudo o que ela nos apresenta, é preciso contestar os resultados dela do mesmo modo que os céticos contestam a veracidade da Bíblia por exemplo. Hoje os próprios cientistas aceitam o fato de que quase metade de tudo o que é publicado está completamente ou parcialmente errado.
Não se podem desprezar as pesquisas, até porque ás vezes elas acertam em alguma coisa, apenas gostaria que as pessoas não acreditassem em tudo o que os confiáveis cientistas dizem e gostaria que estes mesmos cientistas ao publicar algo não tivessem vergonha de dizer: encontramos algo bem interessante, mas tem apenas 1% de chance de estar totalmente certo.
Todo mundo sabe”¦ que o que costumávamos saber antes PODE estar errado, e o que sabemos agora PODE está certo COMO TAMBÉM PODE ESTAR ERRADO.
PS: desculpa pelo texto longo, mas não dá para resulir uma forma inteira de pensamento em 5 linhas.
Acho que no parágrafo onde diz que especialistas estão limitados ao conhecimento que tem já deixa explícito que mesmo cientistas podem estar errados.
Interessante notar é que diante de duas explicações, a científica e a pseudocientífica, apenas uma delas é falseável.
Então nem tente insinuar que “se Fulano está errado, portanto Ciclano está certo.”. Beleza? ;)
Interessante sua replica, principalmente o ponto em que diz que
“Então os curiosos e os “céticos” que leram essas notícias acreditam fielmente nelas, espalham elas por e-mail, falam dela para seus familiares e amigos, fazem artigos em seus blogs e postam no Twitter. No fim a fé que as pessoas têm na ciência é tão cega quanto a fé dos que acreditam em tudo o que as religiões ditam. A ciência é o deus dos céticos e eles não contestam ela do mesmo modo que os religiosos fanáticos não contestam seus líderes.”
isso seria um tapa na cara daqueles que se dizem Ateus que contestam a existencia de um ser superior.
fazem da mesma forma que credulos a Deus,
a sua ciencia.
Não que eu acredite em toda publicação científica, mas é mais fácil acreditar em algo que não vai me trazer nenhum malefício, como por exemplo, meter a mão no meu bolso e dar dinheiro para pessoas que pregam “verdades religiosas incontestáveis”.
As “verdades científicas” podem e seram contestadas mais cedo ou mais tarde, sem que isso cause qualquer mal a alguém.
Quando uma publicação científica tem algum “peso” ela é testada empiricamente por outros cientistas, que comprovam, ou não, a veracidade.
É isso que diferencia a fé no sobrenatural, que não pode ser contestado e a ciência que pode ser contestada.
Enquanto uma diz que pode ser, a outra diz que é, sob o risco de ser mandado para o inferno ou receber uma recompensa em acreditar sem contestar, por mais absurda que seja a afirmação.
Não que eu acredite em toda publicação científica, mas é mais fácil acreditar em algo que não vai me trazer nenhum malefício, como por exemplo, meter a mão no meu bolso e dar dinheiro para pessoas que pregam “verdades religiosas incontestáveis”.
As “verdades científicas” podem e serão contestadas mais cedo ou mais tarde, sem que isso cause qualquer mal a alguém.
Quando uma publicação científica tem algum “peso” ela é testada empiricamente por outros cientistas, que comprovam, ou não, a veracidade.
É isso que diferencia a fé no sobrenatural, que não pode ser contestado e a ciência que pode ser contestada.
Enquanto uma diz que pode ser, a outra diz que é, sob o risco de ser mandado para o inferno ou receber uma recompensa em acreditar sem contestar, por mais absurda que seja a afirmação.
Sem falar que grande parte do que se postula cientificamente acaba por se provar verdadeiro, até por sua aplicação no nosso cotidiano, enquanto a fé em serem sobrenaturais nunca encontrou provas, por mais antiga que seja a crendice e por mais tempo que se tenho tido disponível para isso.
Muito bom o comentário, assim como o amigo Stéfano. Eu só alertaria que o seu comentário, Fernando, foi ainda mais longo que o texto de Wagg! Gostei do texto de Wagg por ser curto e chamar atenção às limitações da sabedoria popular, e principalmente, pela lição correta que tira disso — a de que o conhecimento deve ser sempre atualizado.
Como o doutor Stéfano notou, tomar a ideia de que maionese tem ação anti-bacteriana como uma nova “verdade” ou “sabedoria” é impróprio. Deixar de arrumar a cama pode não ser necessariamente melhor do que arrumá-la — dependendo da umidade ambiente — e pode ser pior, imagino que manter uma colcha sobre a cama limite a quantidade de pele morta que chegue até as cobertas, principalmente se as pessoas se trocam no quarto. E assim por diante.
Ao notar que a sabedoria popular pode estar errada, que esta deve ser atualizada e que descobertas científicas são por definição conhecimentos provisórios, o que é uma boa ressalva à interpretação mais ingênua do texto e do progresso científico, também é importante ressalvar a ressalva, porque ela pode dar margem a outro entendimento ingênuo, e improdutivo: a de que a “ciência” ou os cientistas não sabem de nada, já que não conseguem nem decidir se café ou ovo fazem mal ou não. A questão é complicada, lidando com comunicados à imprensa e sensacionalização da resultados de pesquisas, mas acho que o cerne da questão é abordado no texto de Asimov sobre a Relatividade do Errado:
http://ateus.net/artigos/ceticismo/a-relatividade-do-errado/
A ciência é por definição contestada, ela contesta a si mesma. Ao divulgar a ciência em doses mais curtas, por vezes podemos tomar tons positivistas, cientificistas e afins, mas como responsável por CeticismoAberto quero deixar claro que a ciência não é sagrada nem infalível, pelo contrário, a ciência é por definição falível e é justamente ciência porque se propõe a lidar com a própria falibilidade. Estas questões eu busco discutir pessoalmente e com mais extensão em outro projeto de divulgação científica: http://scienceblogs.com.br/100nexos/
Concordo com a linha geral de seu pensamento, mas não podemos esquecer que uma das características principais da ´ciência` é justamente sua capacidade de autocorreção.
Deste modo, não se trata de simplesmente dizer: ora ela acerta, ora ela erra.
Os erros fazem parte, e é justo com novas pesquisas que se demonstram os erros e se corrigem.
A ciencia vai se desenvolendo em degraus, a partir de erros e de meias-verdades caminha-se para a ampliação do conheciment, ou como o autor do texto diz, para um outro modo de ver – segundo os novos elementos que foram adquiridos.
Mas isso só é possível porque há um método, porque é possível que outra pesquisa conteste a anterior, porquanto seus modos de produção são objetivamente aferiveis.
Por isso que entendo que simplesmente dizer, a ciencia erra e acerca eh um reducionismo desnecessário. A ciencia erra, na tentativa de acertar – quando feita por pessoas de boa-fé -, muito diferente das outras ´artes` que nao tentam acertar, mas simplesmente impor.
ps: as vaidades e a necessidade de retorno dos investimentos realmente atrapalha, mas a segunda acaba por ser um mal em certa medida necessário.
meu caro Léo, se a crença em criaturas sobrenaturais nunca encontrou provas me explique a lula-gigante, o ocapi, o ornitorrinco, o panda-gigante, o dragão-de-komodo e tantos outros animais. Cada uma dessas criaturas já foi considerada fantástica, apenas um produto da extremamente fpertil imaginação dos homens e mulheres de pouca instrução, mas cada uma dessas criaturas acabou tendo sua esitência confirmada, cada uma delas passou de lenda local para verdade científica.
Agora me diga, caro amigo, será que devemos desprezar toda criatura lendária, mítica ou sobrenatural? Será que não pode existir algum sasquatch nas florestas do Canadá? Seria tão impossível assim a existência de uma espécie de serpente marinha, uma enguia talvez, de tamanho anormal?
Faz apenas alguns meses que descobriram uma nova espécie de lagarto, no Sudeste Asiático, que chega a medir 2 metros de comprimento. Antes ele era apenas conhecido pela população local e sua existência era dsconsiderada, mas pesquisadores encontraram a espécie agora em 2010. Se um animal de 2 metros de comprimento demorou tanto tempo para ter sua existência comprovada o que impede outras criaturas lendária de existirem? Não estou falando de dragões sopreadores de fogo ou de basiliscos, mas um mapinguari nas florestas densas e poucos exploradas da Amazônia não é algo impossível, basta que alguém com dinheiro financie alguns biólogos e tenho absoluta certeza de que ainda descobriremos muita coisa interessante em nossas florestas, mares e cavernas.
E o que pensa sobre este assunto senhor Mori?
Como se dá “força” a um preguiçoso: Esquecer de dizer que “não arrumar a cama” significa — não por lençol nela, ou secar os lençóis ao sol ou ao ferro-de-passar, se ainda for possível usá-los mais alguma vez. Em nehum lugar vi isto ser explicitado. Em cima desses “lapsos” os “espertos” e “controladores do Sistema” deitam. É o mesmo que acontece quando um “bondoso” feitor de escravos “aconselha” humildemente, ou em tom pra parecer “muito legal” que “matar umas aulinhas é bom”, exatamente pro infeliz que tá precisando estudar e já cansou de matar aula; ou seja; “meu querido boizinho, seu lugar é pastando e me dando din-din”.
Preciso colocar aqui um toque pra atenção:
Daniel Dennet é como um Pedro almeida (Bule), são sofistas midiatizados com “autorizade” e infurnados entre os sem-crenças para enfiar equívocos entre os non-believers e “criar” céticos mansos, sem vigor de transformação social. Por exemplo: ao falar sobre memes, o Dennet, no meio dum argumento enfia a sugestão do salmão subindo um rio e o relega á mesma condição de seres vivos infectados por vírus. Poderia usar o caso da barata, mas ele foi no Salmão; porque este é símbolo de resistência. Elementos como esse são nocivos entre os seres humanos que prezam por mentalidade livre.
Severn Suzuki assinalou o desleixo criminoso do homem em sua postura política, eu estava por lá; e muito me espantei ao ver o que aconteceu de 1990 para 2010.
Um tanto faz …
(Um pensador humano escapou da boca da efígie)
Na ancestralidade humana …
Perplexo diante das intempéries da Vida o ser humano, aturdido por sentimentos intensos em seu íntimo e, o rigor inescapável da consciência … Viu o tanto faz da vida …
Para não esmorecer e para não desesperar projetou um sonho em uma esperança pessoal;
A esperança pessoal de uma continuidade (e sobrevivência) tornou-se uma fé compartilhada, e por conta disso, inventou algo mais duro que a vida, inventou deus.
Porque de fato a vida não precisa de deus, como também nenhum ser humano precisa e nem admite que crença alguma de outros modifique sua fé própria (o jeito com que justifica suas ações; porque o deus da cabeça de um não é o deus da cabeça de outro).
Assim, como Sociedade, o ser humano criou símbolos com os quais justifica o andar da vida.
A Sociedade (então organizada) preestipulou três prumos simbólicos para coadunar suas ações: O Ponderador, o Executor, e o Legislador.
Através deles todos os conselhos se pautam e se dispõem. Esses prumos estão intrinsecamente ligados à vida pessoal de qualquer indivíduo (pois foram gerados dentro da reflexão do indivíduo da espécie humana: desde o seu estado destacado em sua solidão à enormidade de vaidades que o acompanha quando está envolto em sua associação civil); e esses prumos são o norteamento da Educação e da Política.
Quando grupos de indivíduos apropriam-se de símbolos para massacrar a Sociedade em favor de seus grupos, a Civilização se retrai para reagir; porque sente a efígie soberana que criou para protegê-lo ameaçar a si, à espécie, e à Civilização.
E a transformação social se impõe por ingene constituição da mentalidade humana. É o fator que irrompe o Desenlace.
(quando, ao ver no negrume da garganta da efígie não a fresta projetora de rumos e luminosidade, mas vendo os dentes fecharem sobre si e sobre sua Sociedade, o pensador prumou uma agulha e espetou o céu da boca que em avidez por morte e escravidão fechava, e a efígie estancou e reparou ““ em sua feiúra — que não era maior que o vigor da Vida).
Pra quantas reflexões se fizer, em todas as idades, a partir dos seis anos, este texto se propõe para ser lido.
Haddammann Veron Sinn-Klyss
Ahá!
Eu nunca arrumei minha cama por preguiça. Minha mãe, minha avó, meu pai, minhas irmãs, tias etc…, Sempre dizem que crianças que não são ensinadas a arrumar a cama desde pequenas cetamente serão adultos “enrrolados”… Estou eu aqui, com pouco mais de 3 décadas de idade, a 10 anos fora de casa, continuo não arrumando minha cama e agora descubro que sempre estive certo pelos motivos errados… Chega a ser paradoxal… Porém… Não há provas ciêntificas que eu sou “enrrolado”…
kkkkkkk
E apesar de começar bem os argumentos, o autor acaba disparatando quando critica a acupuntura e a homeopatia no final de seu artig. Sem querer entrar em polêmica, essas críticas são tão antigas e redundantes que nem merecem resposta. Porém, profissionais respeitáveis da medicina utilizam-se dessas práticas, e em especial da acupuntura com sucesso cada vez maior. (Duvida da validade da acupuntura hoje é uma autêntica tolice, pois é uma prática que já se encontra comprovada em hospitais, através de cirurgias sem anestesia, somente com a aplicação de agulhas – e não há aí nenhuma explicação sobrenatural, mas fisiológica, já que o que se estimula com as agulhas não são meridianos conduzindo “energia vital” mas nervos.)
Quando, porém, se avalia melhor o texto acima encontram-se algumas falhas de raciocínio muito óbvias: quer dizer que lavar a galinha propicia infecções, logo… deve-se cozinhar uma galinha sem lavá-la. Ora, ora… o que propicia infecções não é lavar ou deixar de lavar, mas a falta de higiene que decorre de não desinfetar a pia e outros instrumentos utilizados na culinária. Mesmo que você não lave uma galinha na pia, o ambiente úmido favorece a proliferação de bactérias, algumas das quais nocivas. No etanto, lave mil galinhas antes de cortá-las em pedaços, por fim lave bem os pedaços e ponha-os para cozinhar, e depois lave e seque bem os talheres utilizados e por fim a pia (pode usar um pouco de água sanitária, se não houver mais alimentos para serem lavados), e não haverá riscos de infecção. Lembre, também, que do grande número de bactérias encontráveis no meio-ambiente, só uma pequena porcentagem é prejudicial à saúde, do contrário não haveria mais ninguém vivo.
Mas o mais bacana è que no quadro da imagem acima aparece a sombra de um homem….sinistro!!!
Deve ser pq ele nao arrumou a cama!!huauhahuahuauhauha
N sei no que acreditar, vejo “entendidos do assunto” ensinando que churrasco ajuda a emagrecer (sério, na record) e que chocolate e café fazem bem pra saúde. N sei no que acreditar, talvez sejam mentiras sensacionalistas ou verdade revelada.
Apenas sei que o mundo a cada dia me surpreende mais (negativamente).
Desde quando deixar a cama desarrumada, com lençóis e edredons empilhados, vai secar a cama?! Absurdo.
Pensei que todos sabiam que não se deve lavar a galinha, ou outras carnes cruas. Bem, eu sabia porque é algo que me disseram há muito tempo.
Maionese estraga rápido sim. Tive muitas comprovações práticas para me deixar enrolar por essa doutrinação científica desse texto.
O ponto não é se maionese estraga rápido ou não. O texto está se referindo à atualizações do conhecimento, evolução no conhecimento. O fato de a galinha precisar ser lavada ou não, não invalida o texto, não era esse o ponto. Parece que tem gente precisando aprender a interpretar textos.