Aliens em Tunguska: microespirais ou megafraude?
Aliens em Tunguska: microespirais ou megafraude?
Clicando na imagem acima, você conhece a história de supostos artefatos de micrômetros de tamanho, com milhares de anos de idade. A história é promovida pelo alemão Hartwig Hausdorf, conhecido por promover supostos artefatos antigos, incluindo fraudes. O que isso tem a ver com Tunguska?
James Oberg apontou na lista Whispers um artigo publicado ontem no jornal russo Trud. Se por alguma chance você não falar russo (mas como?!), pode tentar ler esta tradução automática ao inglês. A notícia parece citar mais detalhes sobre os fragmentos da “nave extraterrestre” que Lavbin alega ter encontrado.
“Blocos de um metal incompreensível (…) durante seu estudo com a ajuda de um microscópio eletrônico, descobriram coisas aterradoras, disse o pesquisador. A estrutura dos blocos, um sistema complexo de espirais microscópicas, conectadas em cadeias. Fabricar tais estruturas, invisíveis a olho nu, seria impossível em condições terrestres mesmo com a tecnologia disponível atualmente. Quem dirá da tecnologia de 100 anos atrás”.
Espirais microscópicas? Talvez seja um erro do Trud, que confundiu as histórias de Lavbin e Tunguska e as espirais microscópicas promovidas pelo alemão Hausdorf há mais de sete anos. Contudo, as ligações não páram aí. Lendo este relato de Hausdorf, descobrimos que sua fonte sobre as supostas microespirais — encontradas nos montes Urais, aliás — é um russo chamado Valerii Ouvarov, de São Petersburgo. Curiosamente, esse mesmo Ouvarov (com o nome grafado como Uvarov) foi entrevistado no ano passado pela revista UFO britânica. Você pode ler a entrevista de Ouvarov aqui (em inglês). E se o fizer, vai descobrir algo muito, mas muito interessante. Ouvarov, em 2003, já dizia sobre Tunguska:
“Era um meteoro, mas um meteoro que foi destruído por… vamos dizer, um míssil. O míssil foi criado por uma instalação material. Não sabemos quem a construiu, mas foi construída há muito, muito tempo e está na Sibéria, a várias centenas de quilômetros ao norte de Tunguska”
Compare com a declaração de Yuri Lavbin feita na semana passada: “Estou plenamente confiante e posso fazer a declaração oficial de que fomos salvos por algumas forças de uma civilização superior. Eles explodiram este enorme meteorito que se dirigia a nós com grande velocidade”.
Tanto Lavbin quanto Ouvarov são de São Petersburgo. As credenciais acadêmicas de Ouvarov, assim como as de Lavbin, não parecem ter sido confirmadas.