Nada

Nada

Isso talvez seja relevante sobre as histórias sobre animais sentirem o Tsunami e terem escapado para lugares mais altos onde um senhor chamado Noé os esperava:

“Os parques de vida selvagem do Sri Lanka — 15 parques nacionais cobrindo mais de 5.000 metros quadrados do país — emergiram relativamente intocados pelo tsunami. Apenas uma pequena seção do Parque Nacinal de Yala no sul foi afetada”. [Fonte]

Mais um pouco:

Catástrofes naturais reúnem fãs na TV

BRUNO YUTAKA SAITO

DA REDAÇÃO

A televisão, os elefantes e a escola salvam. À medida que surgem mais sobreviventes do tsunami que atingiu o Sudeste Asiático há duas semanas, “milagre” é um dos termos mais empregados para relatar histórias improváveis. Já são notórios, por exemplo, o caso das pessoas que foram alertadas por um elefante -que teria pressentido o maremoto-, ou então a garotinha que previu a catástrofe por ter aprendido na escola os sinais que antecedem um tsunami.

Menos divulgada, no entanto, é a história do turista que se salvou graças ao seu hábito de assistir a programas sobre catástrofes naturais no Discovery Channel. Segundo o jornal “Le Monde”, o turista fugiu assim que viu o recuo das ondas -em um documentário, ele aprendeu que o fenômeno precede um tsunami.

Se dependesse de canais como Discovery, National Geographic ou A&E Mundo, várias pessoas saberiam como reagir diante não apenas de um tsunami mas também de um furacão, um terremoto, deslizamentos e todos os tipos de desastres naturais possíveis.

“O que aprendi vendo esses programas é: se a água da praia recuar, meu amigo… vaze!”, resume o advogado José Roberto Barbosa de Castro Filho, 34, que também é surfista. Ele é telespectador assíduo de programas do estilo no Discovery Channel, National Geographic e Animal Planet.

“Qualquer pessoa deveria assistir a um desses programas no mínimo uma vez na vida, para sair do obscurantismo”, afirma o advogado-surfista. “Tenho certeza de que um número ainda maior de pessoas se salvaria se tivessem visto antes na TV. O programa sobre o tsunami, por exemplo, já foi reprisado umas mil vezes.”

Quem também crê no caráter educativo dessas atrações é a família Machado. Valdemiro Nogueira (pai) e João Guilherme (filho) costumam assistir juntos, diariamente, a documentários sobre catástrofes naturais. “Só faço uma pausa na hora da novela, porque já viu, né? Minha mulher quer ver a novela”, diz Valdemiro, 57, profissional autônomo na área de informática.

“Quando vejo um programa sobre um tufão, por exemplo, aprendo que não estamos imunes à natureza”, explica. A TV acaba dando servindo de assunto para Valdomiro. “Às vezes, pego meu netinho de oito anos e fico explicando tudo para ele ou então converso sobre isso quando encontro amigos na rua.”

Há também aqueles que, além do caráter educativo, ficam fascinados pela “beleza” das imagens impressionantes. “Confesso que é um pouco de sadismo”, afirma o professor de eletrônica Landisnei Salles, 30. “Não que eu goste de ver pessoas sofrendo, mas adoro ver um vulcão explodindo. Claro que é muito mais bonito ver na TV do que passar por isso.”

José Roberto, por exemplo, estava no México, em 1995, quando presenciou um terremoto. “Foi enquanto eu dormia. Mas foi tão leve que nem cheguei a acordar; pensei que eram amigos mexendo na minha cama.”

Fenômenos em um “zap”

O interesse por tais programas só aumentou depois do tsunami asiático. A Bandeirantes, que na última segunda-feira exibiu o jornalístico “Tsunami, a Onda da Morte”, teve picos de seis pontos segundo o Ibope, alta para o horário (23h30).

A mesma coisa aconteceu com a Record, que viu seu “Domingo Espetacular” da semana passada, dedicado ao tema, atingir picos de 12 pontos.

A maior variedade de programas neste mês, no entanto, vai mesmo para o Discovery, com as séries “Clima Selvagem”, “Planeta Feroz”, “Terra de Extremos” e “Zona de Perigo”. [da Folha]

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